Jogos de empresa: o que são e como funcionam?
Os jogos de empresa são um tipo de metodologia ativa de aprendizagem que, através de atividades lúdicas, gera reflexão sobre o comportamento em determinada situação ou facilita a compreensão e/ou memorização de um conteúdo necessário para o bom desempenho profissional.
Eles são o início do Ciclo de Aprendizagem Vivencial (CAV), que se compõe de 5 etapas:
Vivência do jogo
- o jogo pode ser cooperativo, competitivo ou coopetitivo, dependendo dos objetivos e dos valores da empresa;
- a duração também varia: de 5 minutos a 5 horas, dependendo das habilidades a serem desenvolvidas e do tempo disponível;
- os objetivos podem ser relativos a conteúdo (memorização de etapas ou compreensão de um conceito, por exemplo) ou a comportamento (melhoria da comunicação, empatia, comportamento de segurança, atendimento ao cliente, integração de equipes, etc)
Emoções evidenciadas
Os jogos despertam muitas emoções: felicidade, sensação de superação e vitória, mas também frustração, raiva, etc. Elas precisam ser admitidas e acolhidas para que isto não prejudique a continuação do ciclo de aprendizagem. Na próxima etapa, a reflexão deve ser racional, não passional.
Discussão sobre os resultados e os comportamentos evidenciados
Finda a diversão e reconhecidos os sentimentos, chega a hora do grupo pensar no que foi aflorado durante o jogo. Como os grupos se organizaram? Alguém liderou? Como foi isto? Como o grupo se relacionou com o líder? Houve organização do tempo ou do espaço, por exemplo? Quais as consequências das escolhas do grupo no resultado obtido?
Um dos movimentos frequentes do grupo neste momento é colocar a “culpa” por um resultado negativo em uma pessoa. Neste caso, cabe ao facilitador fazer cada um perceber a sua responsabilidade no resultado do grupo, seja por ações ou omissões.
Conexão com a vida real
A próxima etapa é conectar o que foi evidenciado no jogo com o comportamento diário do grupo. Especialmente quando o jogo não é apenas um simulador de uma prática cotidiana, mas uma verdadeira atividade lúdica, na qual o participante esquece por algum tempo seu papel de “funcionário”, muitas relações ou comportamentos camuflados vêm à tona. Uma pessoa pode se dizer extremamente empática e democrática, e no jogo evidenciar uma face autoritária que nem ela mesma percebia; por outro lado pode também descobrir que sabe planejar uma atividade ou coordenar um grupo com facilidade. Ou seja, o jogo ajuda no autoconhecimento e na descoberta de valores pessoais entranhados. Isto pode levar ao crescimento pessoal e coletivo.
Compromisso com a mudança
A última etapa do Ciclo de Aprendizagem Vivencial é estabelecer ações que coloquem o grupo na direção desejada.
O comprometimento pode ser do indivíduo ou do gurpo, mas é importante que ele seja apoiado e acompanhado por alguém que participou da atividade. Este comprometimento coletivo aumenta a chance de sucesso.
Espero que este texto tenha feito você compreender que jogos de empresa não são uma simples diversão; se desenvolvidos e facilitados por profissionais qualificados para tal, eles são um gatilho para a reflexão e a mudança.
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Analista de Treinamento e Desenvolvimento | Consultor de Recursos Humanos | Analista de DHO | Educação Corporativa | Gente e Gestão | Psicóloga
3 aParabéns pelo artigo Mônica Kalil Pires. Realmente, com os jogos temos oportunidade de aprender de maneira descontraída, vejo como uma metodologia eficaz.
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3 aMônica Kalil Pires super interessante e nunca participei de um desses.
Head of EHS | Facilitação de Aprendizagem, treinamentos e palestras | Transformação cultural para o cuidado genuíno na jornada da Sustentabilidade Corporativa | Human Factors (HOP/SPoR) | Autora e ilustradora.
3 aNão conhecia o nome CAV, chamava de vivência em grupo com determinados objetivos. O método oportuniza autoconhecimento de forma descontraída, ao mesmo tempo que cumpre um objetivo de desenvolvimento de equipe. Jogos são muito bons, deixando vontade de "quero mais" - já ouvi assim.