Juliane Marinho: de advogada à criadora de eventos ligados à arte e à qualidade de vida
Mudar de carreira é tarefa para os fortes. São muitas as dúvidas, incertezas e dificuldades do processo - para não falar na falta de compreensão ou mesmo de apoio de familiares e amigos.
A decisão, contudo, pode marcar o início de uma vida muito mais feliz, leve e realizada: sem o peso de uma profissão que já não faz sentido, há todo um novo mundo a ser explorado e, com sorte, conquistado.
Juliane Marinho
Juliane atuou por 18 anos como advogada, ocupando os cargos de diretora jurídica e diretora de investimentos na Odebrecht. Embora tenha recebido diversas promoções e oportunidades na empresa, ela acabou pedindo demissão e tirou um ano sabático. Foi então que ela decidiu criar a Petalusa, um espaço colaborativo que abriga workshops, cursos e outros eventos ligados à arte e à qualidade de vida. Além de organizar a agenda da casa, ela também ajuda pessoas que buscam operar processos de transição profissional e pessoal.
Quando percebeu que queria mudar de carreira?
Juliane conta que, enquanto advogada, não sentia que seu potencial criativo era verdadeiramente aproveitado. “Tinha um trabalho dinâmico, convivia com pessoas maravilhosas, mas nada daquilo fazia muito sentido”, explica. Não que houvesse um outro objetivo claro: ela diz que não sabia exatamente o que desejava. Após se envolver em projetos ambientais e sociais, ela entendeu que sua verdadeira vocação passava longe dos escritórios corporativos, e se encontrava necessariamente no universo das artes. “As vivências que tive ao longo do meu ano sabático me trouxeram a resposta que eu tanto buscava”, conta ela.
Quais foram as maiores dificuldades do processo?
Descobrir o que de fato gostaria de fazer profissionalmente foi a grande prova de Juliane. O processo exigiu uma grande desconstrução de conceitos sobre si mesma. Ela também diz que a necessidade de criar algo completamente novo, que não cabe numa “caixinha”, também não foi fácil. Uma terceira dificuldade foi explicar sua proposta pouco convencional para as outras pessoas.
Qual é o segredo para uma boa transição de carreira?
Juliane acredita que desapego, planejamento financeiro e coragem para se lançar ao desconhecido foram os principais pontos de apoio do seu movimento de carreira. “Às vezes, você só põe uma maquiagem no que te incomoda na sua profissão, mas tudo continua igual”, explica. “É importante não ter medo de pular”. Apesar disso, ela afirma que a transformação nem sempre precisa ser tão radical quanto a que ela empreendeu. “Mudar de chefe, empresa ou especialidade pode ser o suficiente para tornar a sua vida profissional mais feliz”, diz ela.
Fonte: Extraído e Adaptado de EXAME
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