Junte-se aos bons e seja um deles.
Quando comecei esta conversa com você, eu falava sobre transição de carreira e contei um pouco da minha inquietação com o assunto. Na época me propus a publicar no mínimo um artigo por mês, aqui no Linkedin. Claro que não consegui fazer isto. Mas prometo que vou tentar com mais afinco manter esta conversa mais animada! :D
Agora retomo de onde parei. Quero te contar como foi que encontrei esta “nova” bifurcação em minha vida profissional.
Depois do mergulho em mim mesma e de conseguir chegar ao início dos meus devaneios profissionais, comecei a pensar sobre qual havia sido meu primeiro projeto “engavetado” e qual o motivo dele ter sido deixado de lado.
Qual era e onde estaria hoje aquele projeto?
Eu consegui encontrar o meu! As folhas já amareladas, datilografadas ainda. Mas estava lá: PROJETO TIO DO BISCOITO. Um projeto social de apoio às crianças em situação de vulnerabilidade, recolhidas às Casas de Passagem. Através dele conseguiríamos trabalhar sociabilização, trabalho em equipe, hierarquia e respeito, valorização pessoal, paciência, e várias outras questões, tudo através da arte educação, culinária e muita conversa.
Ao me deparar com o projeto escrito, reparei que a estrutura formal daquele trabalho antigo é exatamente como ainda se usa hoje.
Coisa que aprendi na primeira capacitação que busquei no início desta jornada – Elaboração de Projetos Culturais e Sociais, no então recém criado, Instituto Dragão do Mar, em Fortaleza – CE.
O TIO DO BISCOITO nunca saiu do papel e nem do meu coração. Da minha mente. Por mais de 30 anos ele ficou ali, como uma roupa antiga que você ama e não quer tirar do armário, porque te diz sobre a tua essência.
Eu nunca havia entendido isso.
Durante 30 anos olhei pra ele com um carinho quase maternal. Mas continuei deixando-o dentro da gaveta, com um certo constrangimento de alma. Mas como sei que tudo tem seu momento de acontecer....
Tornando ao mergulho à minha essência, foi este projeto que me mostrou o caminho que quero e devo seguir neste momento de me reinventar profissionalmente. O TIO DO BISCOITO foi o holofote que iluminou esta visão para que eu tivesse segurança e assertividade nas minhas escolhas.
Assim, optei por seguir o caminho do SOCIAL.
Percebi, através do cadastramento em bancos de currículos, no Brasil e na Europa, que existe uma exigência unânime pela prática do VOLUNTARIADO, se você deseja desenvolver um trabalho no exterior.
Tentando correr atrás do “tempo perdido”, listei minhas competências e me disponibilizei a voluntariar através de uma base de dados online. Fui convidada por três organizações em nichos diversos. Além destas, comecei a atuar como “conselheira” – para não dizer palpiteira, para a organização de uma amiga que faz um lindo e importante trabalho com pessoas em situação de rua, em Curitiba.
Além disso, me engajei em grupos de discussões, participando de fóruns e encontros regionais.
Já dentro das organizações, percebi que o grande problema, na maioria delas, é a ausência de uma área específica para CAPTAÇÃO DE RECURSOS.
Eu, vindo de mais de 30 anos de atuação em comercial, marketing e comunicação na iniciativa privada, fiquei plena de idéias e querendo mobilizar as pessoas para a necessidade da captação focada.
Foi neste momento que percebi o ÓBVIO. As Organizações estão focadas NA CAUSA e não percebem que é necessário investir na gestão e na captação de recursos para manter a estrutura viva e saudável e assim poder atuar na causa.
Sabe quando você embarca em um avião e ouve as Instruções de Segurança? Pois é, uma das mais importantes é: ”Em caso de despressurização, máscaras de oxigênio cairão automaticamente. Se estiver acompanhado de alguém que precise de ajuda, COLOQUE A SUA PRIMEIRO...” . Isto porque, em havendo a despresurização da cabine, em segundos as pessoas ficam inconscientes. Conseqüentemente, impossibilitadas de ajudar ao próximo.
Comecei a pensar que as organizações não conhecem a lógica das máscara de oxigênio. E foi este desconhecer que me fez escolher minha primeira capacitação na "nova" área.
Como não tenho muito tempo para este processo de mudança de rumo, preciso ter foco no que realmente interessa.
Neste sentido, trafeguei pelos órgãos representativos, certificadores e formadores e, em todos eles, havia um nome que era recorrente. Muito recorrente...
@marceloestraviz
Concluí que aquele era O CARA e comecei a persegui-lo. Literalmente.
Conhece a máxima – “Junte-se aos bons e será um deles”?
Pois é. Eu creio nisso. Fiz isso. E hoje, respeitável público, me apresento como consultora certificada de uma das mais importantes empresas de consultoria para o terceiro setor do sul das galáxias.
Assim, minha proposta, após a certificação como Consultora Associada @estraviz&associados, é agregar aos conhecimentos adquiridos por toda uma vida dedicada à comunicação corporativa, ao marketing de relacionamento e à fidelização, tudo o que aprendi e venho aprendendo com este mentor fantástico e replicar junto ao terceiro setor.
O que quero com isso? Apenas, junto com um seleto time de consultores como eu, capacitar, empoderar e profissionalizar as pessoas ligadas às organizações da sociedade civil que se juntarem a nós.
Certamente, cada um desses consultores tem as cores dos óculos que a experiência de vida proporcionou. E cada um encontrará as soluções sob o prisma da coloração de seus próprios óculos.
E aí está a beleza da vida....
Para finalizar te pergunto: já encontrou a bifurcação da sua estrada, onde deve retornar para re-encontrar a sua essência?
Advogado - OAB Seccional Paraná | Autônomo
4 aParabéns Cintia!
Empreendedor social
4 aArrasa!