Justificando o interesse
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Justificando o interesse

Dentro dos sinônimos de uma justificativa estão: satisfaçãoapologiaexplicaçãotítulofundamentoprovadefesa, porquêrazãopretextomotivojustificaçãodesculpacausa, autoridadeargumentoalegaçãomotivação.

Nesse último domingo (17), chamado de o dia D, no qual o congresso sofreu os efeitos com os impactos da votação do impeachment, - a sessão especial da Câmara do Deputados, votou a abertura do processo  contra a presidente Dilma Rousseff. E para obter os 342 votos para que ele  seguisse para o Senado, cada deputado teve dez segundos para justificar o seu voto ou se abster.

O rito do substantivo feminino foi seguido ativamente na expectativa de angariar votos, faz parte do jogo político, mas chama a atenção que se fez sobre a exposição da veracidade da justiça, com uma   ação praticada do parecer do legilastivo que  pouco mencionou o motivo no plenário.

Um dia histórico sim, já que foi o segundo cerimonial  de impeachment no Brasil votado naquela casa, intitulada como a casa do povo. O primeiro e único brasileiro a sofrer o impeachment, até então, foi o ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Melo, no ano de 1992. Mesmo que a previsão de impedimento do cargo para presidente da República esteja inclusa na legislação brasileira desde a primeira constituição republicana, ourtogada em 1891, e com tantos casos de corrupção neste país, mas isso é assunto para outro artigo.

E  voltando a termo de se justificar um ato, ou na estratégia de sobrevivência do pleito municipal, - já ativo também para 2018, o que mais se viu nas falácias de interesse e até de apologia á ditadura militar, regada a cusparada; com muitos papagaios de pirata, que não arredaram o pé, nas mais de 9 horas de votação -  já que estavam na mira da lente do olhos do mundo. Com  seus smartfones de última geração, explorando   bem a plataforma 2.0, afim de  propagandear, o começo das  temidas justificativas.  

E ela veio em nome dos "meus eleitores", usando o nome de Deus em vão, com lembrança para a vozinha, tio, pai, mãe, morena, obras, amante, adestração, com beijinho para filho já no tempo de outro parlamentar, e PELO  fim da corrupção,  atendido protamente no  dia seguinte, com a  prisão do prefeito citado pela esposa dedicada. E é  justamente essa  justificativa "pelos meus eleitores" que  vai de encontro com aqueles que se pretende  conquistar.

Quando a votação passou por São Paulo,  perfazendo os 81,43% favoráveis ao impedimento, à configuração ficou ainda mais acentuada pelo sim, e muitos decidiram não queimar o seu voto nos minutos finais do segundo tempo do jogo político.

Se os 511 presentes, 367 disseram sim, orquestrando a razão, pelo qual, pretendia puxar o voto, vale justificar também que o quociente das ultimas eleições.  Dos 513 deputados federais, apenas 35, ou seja,  (6,8%) receberam votos suficientes para se elegerem sozinhos. Os demais,  alcançaram o mandato com a soma dos votos dados à legenda ou de outros candidatos de seus partidos ou coligações. Os outros 477 eleitos foram “puxados” por votos dados à legenda ou a outros candidatos de seu partido ou coligação.

Talvez seja esta a justificativa mais verdadeira que se viu nesse domingo, dia D da historia política nesta era da informação, ou desinformação,  que pouco justificou  o que se tratava o termo.

Justifique-se.

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