Líder da transição e da Constituinte morre em acidente de helicóptero
Ulysses Guimarães, conhecido na época como o “Sr. Diretas” morre em acidente de helicóptero no dia 12 de outubro de 1992, aos 76 anos Ulysses, sua esposa Mora, o senador Severo Gomes, sua esposa e o piloto caiem em alto mar, os destroços e os corpos da tripulação são resgatados, exceto o do Deputado Ulysses Guimarães, na época houveram várias especulações e teorias por conta do desaparecimento do corpo do Sr. Diretas, foram temas em destaque dos meios de comunicação da época.
Um pequeno voo de Angra dos Reis a São Paulo acabou virando uma grande “manchete televisiva”.
Gostaria de “salientar” sempre em destaque o papel da mídia e os meios como tais notícias foram tomando forma no decorrer dos anos, observem que todo que é trágico e “maléfico”, tem sempre um destaque ESPECIAL na hora de noticiar; ofuscando o que realmente deveria ser noticiado.
Diante de todos os acontecimentos que venho mostrado aqui em meus perfis, a trajetória de 1983 até os dias de hoje, a mídia sempre esteve “narrado os fatos”, na década de 80 e 90, os únicos meios de comunicações eram os canais de televisão, jornais e revistas. Tal exclusividade as mantinham sempre como o único meio de “saber das coisas” [...], ou seja, não se tinha outro jeito de buscar outras versões e outros pontos de vista.
Diferentes dos dias de hoje, que existem outros meios de comunicação, a internet surgiu e transformou a maneira como a notícia é dada. Veículos de comunicação tradicionais sofrem com os novos meios e tentam manter “exclusividades” em noticiar fatos [...] todos sabem que os antigos veículos de comunicação, se tornaram “obsoletos e desacreditados” pelas MASSAS ESCLARECIDAS, mas a grande maioria ainda são “consumidoras” de canais abertos; telejornais, novelas, programas de auditório e realities.
Esses tipos de monopólios são que os GRANDES canais insistem em se manter, e para isso condenam redes sociais, onde todo que é publicado nesse grande mundo digital, ofuscam esses “antigos lideres”, e assim, tentam tirar méritos e créditos de posts e compartilhamentos diversos. Um celular consegue encaminhar uma notícia muito mais rápido que uma central de redação, a praticidade e a simplicidade em transmitir atraem esses “novos telespectadores digitais”. Tirando aquele destaque da notícia que só aparecia no jornal das 20h.
Conseguem “entender” o poder que uma MÍDIA tem?
Agora, tentem “enxergar” a notícias por trás do que é escrito e mostrado, façam esse exercício e desenvolvam o lado da percepção.
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Ao noticiar o ocorrido com o helicóptero do Sr. Diretas, tentem remeter seus pensamentos naquela época do ocorrido; o fato do corpo nunca ter sido encontrado é algo que deveria ter uma atenção especial.
Ulysses ao filiar-se à uma legenda da Oposição em 71, assumiria a papel de líder da frente de oposição à ditadura.
Em 1973, lançou-se como “anticandidato” a presidente contra o general Ernesto Geisel no Colégio Eleitoral. Juntamente com seu companheiro de chapa, Barbosa Lima Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), percorreu o país, denunciando abusos da ditadura e pregando a redemocratização.
Em 1984, como presidente do PMDB, liderou a campanha das Diretas-Já, o que lhe valeu o título carinhoso de Senhor Diretas. No auge de sua popularidade, seria um forte candidato a presidente da República se a Emenda Dante de Oliveira, que instituía a volta das eleições diretas, tivesse sido aprovada naquele ano. Com sua rejeição pelo Congresso, Ulysses recuou em favor de Tancredo Neves, que saiu candidato pela via indireta no Colégio Eleitoral.
Com a morte de Tancredo e a posse de José Sarney, a poderosa ascendência de Ulysses sobre o governo lhe valeu o título de “condestável da Nova República”. No biênio 1987-88 acumulou as presidências do PMDB, da Câmara e da Assembleia Constituinte, destacando-se na condução dos trabalhos de elaboração da nova Carta, que ele promulgaria batizando-a de “Constituição Cidadã”.
Em 1989, concorreu à Presidência da República na primeira eleição direta pós-ditadura. Mas, já desgastado, amargou um sétimo lugar. No ano seguinte, fora da presidência da Câmara, perdeu a direção do PMDB para Orestes Quércia. Em 1992, relutou em apoiar o impeachment de Collor por temer uma crise institucional. Só aderiu ao movimento nos dias que antecederam a sua morte.
É claro que o objetivo desses estudos, é tentar entender o poder da política brasileira e como ela se transformou no decorrer desses anos, destacando como início o ano de 83 e acompanhar a “evolução” dos antigos meios de comunicação e os envolvimentos com a política desde então.
Esse entendimento, trará um esclarecimento dos acontecimentos nesses cenários atuais.