Líder, o comando e controle pode estar acabando com a sua equipe!

O modelo de gestão comando e controle é um estilo de gestão tradicional que se baseia na autoridade hierárquica e no controle rígido das atividades das equipes. Nesse modelo, o líder (ou neste caso o chefe) assume o controle total e direciona as atividades dos colaboradores, que têm pouca autonomia ou liberdade para tomar decisões ou fazer diferente.

Esse modelo de gestão é baseado na ideia de que o chefe deve ter controle total sobre as atividades da equipe e que a autoridade e a hierarquia são os principais meios para garantir a eficiência e eficácia. O chefe assume a responsabilidade pelas decisões e pelos resultados, enquanto os colaboradores são responsáveis pela execução das tarefas e pelo cumprimento das metas estabelecidas.

Algumas características do modelo de gestão comando e controle incluem:

• Uma estrutura hierárquica rígida e centralizada;
• Controle e monitoramento constante das atividades dos subordinados;
• Pouca liberdade para os subordinados tomarem decisões ou inovarem;
• Foco na eficiência e na produtividade em detrimento da satisfação dos colaboradores e do impacto social e ambiental da empresa;
• Comunicação unidirecional, de cima para baixo.

Embora o modelo de gestão comando e controle tenha sido amplamente utilizado no passado, muitas empresas estão buscando abordagens mais colaborativas e flexíveis, que permitam aos colaboradores mais autonomia e liberdade para tomar decisões e inovar. Isso pode levar a uma cultura organizacional mais dinâmica e a um ambiente de trabalho mais saudável e engajador para todos os colaboradores.

Acabar com a gestão comando e controle nas empresas pode ser um processo desafiador e pode exigir mudanças significativas na cultura organizacional e na mentalidade dos líderes e colaboradores. No entanto, existem algumas estratégias que podem ajudar a fazer essa transição:

1. Defina objetivos e resultados, e compartilhe! É importante que todos os membros da organização entendam aonde se deseja chegar (objetivo) e quais resultados se quer alcançar em um determinado intervalo de tempo (trimestre, semestre, ano);
2. Forme equipe capacitadas: para atingir os resultados esperados, é preciso que os colaboradores tenham as habilidades e competências necessárias para assumir mais responsabilidades e tomar decisões de forma independente;
3. Estimule times multifuncionais e multidisciplinares: em vez de trabalhar em silos departamentais, crie times multifuncionais e multidisciplinares que possam trabalhar juntos para alcançar objetivos e resultados comuns;
4. Dê autonomia aos colaboradores: em vez de controlar todas as atividades da equipe (micro gerenciamento), dê mais autonomia aos colaboradores para tomar decisões operacionais e encontrar soluções para as situações do dia a dia. Isso pode ajudar também a aumentar a motivação e o engajamento dos colaboradores;
5. Adote uma abordagem de feedforward contínuo: um processo de comunicação que busca prever e prevenir possíveis problemas ou desvios antes que eles ocorram. É uma forma proativa de fornecer informações e orientações a um indivíduo ou equipe, para que eles possam se preparar adequadamente e tomar as ações corretas para evitar possíveis problemas;
6. Esteja aberto a mudanças: por fim, é importante para o líder estar aberto a mudanças e ser flexível para experimentar novas abordagens e ideias. O processo de transição pode ser desafiador e exigir ajustes ao longo do caminho, mas estar aberto a mudanças pode ser fundamental para tornar a transição bem-sucedida.

Cabe destacar que a transformação da cultura organizacional pode ser um processo longo e gradual, e requer um compromisso contínuo da liderança e dos colaboradores em todos os níveis da empresa.

Hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje!