Lean Centered Maintenance (Série ferramentas)
Você conhece o M-VSM ( Maintenance Value Stream Map)?
Esta ferramenta é formidável para fazer uma análise da cadeia de valor da manutenção.
Muito parecido com a ferramenta tradicional do Lean, o VSM (Value Stream Map), inclui um mapeamento físico do estado atual, enquanto se foca no estado pretendido.
Neste processo entre o estado atual e o pretendido (futuro) existem inúmeras oportunidades de mapeamento de melhorias dentro dessa cadeia de valor. Esta ferramenta se concentra nas questões relativas à redução dos tempos dos processos e, no caso da manutenção, o seu “Lead Time” que é a soma do tempo de espera com o de intervenção.
Diferentemente do tradicional, no M-VSM não é calculado o tempo de ciclo, takt time ou pitch time, mesmo porque a manutenção não tem como objetivo realizar fabricações em série.
Para desenharmos um M-VSM do estado atual é importante:
1 – Desenhar o mapa a mão (forte sugestão), envolvendo as pessoas chave do processo da cadeira de valor. É uma boa prática “prega-lo” na parede e utilizar post-its para esta análise. Cada cor pode ser usada para um fim específico (azul para fluxo de materiais; vermelho para fluxo de informações etc.)
Exemplo de M-VSM do estado atual (fonte: livro Manutenção Lean)
Neste desenho do estado atual, o diagrama espaguete, para registro de fluxo de pessoas e de materiais na fábrica ou oficina, é um grande diferencial. Pode detectar vários problemas, como: Layouts incorretos, falta de planejamento, improdutividades etc.).
Exemplo do Diagrama Espaguete (fonte: novida.com.br)
2 – Após o desenho realizado, a manutenção pode quantificar tempos e atividades que acrescentam ou não valor
Nesta fase podemos detectar os 7 grandes desperdícios da manutenção: trabalho improdutivo; atrasos; má gestão de materiais e peças reserva; retrabalho subutilização de recursos; incorreta gestão de dados e negligência na aplicação de equipamentos)
3 – Desenho do Estado Futuro
4 – Plano de ação (kaizens e etc)
Neste momento você deve já estar tentando imaginar a quantidade de desperdícios que sua área possui. Então para melhorar, faço uma pergunta: já parou para analisar, com a ótica citada neste artigo, quanto desperdício temos num fluxo de programação como este abaixo?
Sempre devemos lembrar dos 7 desperdícios citados anteriormente. Desta forma conseguiremos sempre ter uma análise crítica de todos os processos e assim deixarmos a manutenção mais eficiente.
Aguarde novo artigo com novas ferramentas