Leia isso quando te faltar motivação

Se eu te disser que sou motivado 24h do dia eu estaria mentindo, mentindo feio. Outra mentira seria que meu dia a dia é muito fácil, ou que eu não enfrento os mesmos problemas da grande maioria das pessoas.

Assim como você eu preciso de motivação e é por essa necessidade que eu escrevi essa edição da The Flow. Portanto, se você sente que precisa de motivação nesse momento, leia até o final.

BORA!

É claro que a motivação por si só não deve ser o principal, nem o mais importante, pois não serão todos os dias que estaremos motivados. É uma máxima que precisa ser repetida. Não estaremos motivados todos os dias. E justamente nesses dias o que nos sustenta são os nossos HÁBITOS. Isso já é comprovado e se você me acompanha na rede social vizinha, sabe muito bem disso.

Porém, a motivação é necessária, e é isso que a gente vai trabalhar aqui hoje. Assim como você, também consumo diversos conteúdos que me inspiram; e é justamente pensando nisso que escrevo essa newsletter, para que você possa revisitar esse texto sempre que necessário, em busca de fazer o que precisa ser feito.

O conteúdo desse texto é verdade. E são reflexos de alguns pensamentos (quando eu não estou ou não me sinto motivado). Se pararmos para refletir sobre a nossa situação, claramente vivemos melhor do que qualquer pessoa do século passado. Nós temos água quente, muito mais tecnologia e muito mais recursos do que qualquer pessoa que viveu antes de nós, a exemplo de nossos pais e avós. Acredito que você enxerga isso, assim como eu.

Nessa reflexão, eu me peguei pensando nos meus pais e avós, que tiveram que se sacrificar MUITO mais, tiveram uma vida muito mais difícil e mesmo assim fizeram o que precisaram fazer e construíram o que vemos hoje. Então eu não posso ter a cara de pau de cogitar em não fazer o que precisa ser feito, mediante a nossa realidade em que tudo é muito favorável, muito mais “fácil”.

Em média, as pessoas trabalham 8h em escritórios, em um determinado conforto, chegam em casa e depois disso não sentem vontade de NADA, nem ler, nem fazer uma atividade física, nem passear com o cachorro. Isso é vergonhoso. Considerando que, em outras épocas, a maioria das pessoas possuíam trabalhos braçais e mesmo após um dia exaustivo, chegavam em casa e davam conta de uma série de atividades. Talvez essa seja a sua realidade até hoje, ou de algum conhecido.

Isso é bizarro!!!

E quando eu paro para analisar isso, quando eu me sinto desmotivado, eu penso “Não. Não tenho a cara de pau de não fazer o que precisa ser feito.”, considerando que eu tenho muito mais recurso do que qualquer membro da minha família já teve. Eu não posso me dar ao luxo da preguiça, da luxúria ou do ego. Mas o fato é que a gente se engana MUITO com pensamentos do tipo:

“Ah, quando eu comprar uma roupa nova de academia eu começo a treinar.”

“Ah, quando eu comprar o determinado suplemento eu entro na dieta.”

“Ah, quando eu comprar aquele livro eu começo a ler.”

No livro escrito pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihaly, entitulado “Flow. A Psicologia do Alto Desempenho e da Felicidade”, ele compartilha o seguinte:

“Quanto mais você aumenta os recursos dentro de uma experiência, mais pobre você deixa ela.”

O que eu quero dizer com isso: não necessariamente você ter esses suplementos/roupas, você vai ter mais resultado.

Claro que essas coisas SIM, fazem diferença. Isso é óbvio. Mas não são fatores determinantes, não são o ponto mais importante. Deixe isso claro na sua mente.

E isso é muito engraçado, pois nós temos a cultura de creditar os resultados dessa forma: “Ah, fulano conseguiu vencer a corrida porque ele tem um tênis que custa R$2.000,00”. Mas em algum momento paramos para pensar no esforço que ele teve para chegar preparado naquela prova?

Então é óbvio: não estamos motivados sempre. Mas lembre-se que a motivação nada mais é do que você entender o motivo pelo qual você faz determinada atividade.

Se não assumirmos a responsabilidade de falar “cara, eu vou fazer essa parada acontecer.” Seja estudar, treinar, trabalhar em algo próprio ou o simples ato de ler, e deixo bem claro, não estou “cagando regra” para você passar por cima da sua saúde, se torturar a dormir 5h por noite, treinar com imunidade baixa, não. Eu prezo pela qualidade de vida e quem me acompanha na rede social vizinha, sabe bem do que eu tô falando.

Saiba diferenciar a PREGUIÇA e o cansaço, de fato. Existe um abismo entre esses dois termos; parece “papinho”, mas não é. É um baita exercício de autoconhecimento.

Ninguém falou para o Lucas de 2022 que ele precisava realizar 300 dias de treino em 2023. Fui eu que assumi a responsabilidade. Eu que identifiquei a necessidade de uma mudança de mindset, de cuidar da minha saúde e do meu corpo. Eu entendo o por que eu faço isso, é um compromisso comigo mesmo.

No último domingo, bati meu recorde pessoal em distância de corrida. Foram 7,06 km em um pace de 6 '22. Engraçado que nesse dia eu saí desmotivado e disse aos meus pais que iria, mesmo desmotivado, só fazer o necessário para a meta do mês (que eram 2km) e que a motivação me alcançasse no caminho. Assim aconteceu. E os 7 km vieram.

Mas o que me fez dar o start foi a consciência, o compromisso. Eu sei que nem sempre eu vou ter vontade de fazer, mas eu farei.

O processo é doloroso, é difícil, cansa, vai dar vontade de desistir, vai faltar motivação, mas o tempo vai passar de qualquer jeito. Inclusive, existe uma frase que me foi dita quando eu tinha 14 anos, por uma pessoa da minha família, e eu a repito desde então:

“O tempo é o único bem que é dividido igualmente entre os homens. Todo mundo tem as mesmas 24 horas, todos os dias. O que difere um homem do outro, é o que ele faz com o seu tempo.”

Agora que você leu esse texto inteiro, pensa no que você quer. Seja um objetivo pessoal, um emprego, uma aprovação em um concurso, uma universidade, construir o corpo dos seus sonhos, começar seu próprio negócio, seja lá o que for. Ai eu te pergunto:

Porque diacho você não está todos os dias executando o caminho para fazer o seu objetivo/ o seu sonho acontecer?

É muito confortável você ver um reels motivacional, um filme, um desenho ou um vídeo no youtube que tem aquela transformação gigantesca, mas na vida real dói e cansa. Por isso eu estou aqui escrevendo a p*@$% dessa newsletter pra que de fato você entenda e assuma o compromisso.

Essas são as mesmas provocações que eu me faço diariamente:

“Lucas, você não é bom? Não é diferente? Então por qual motivo a sua realidade não condiz com o que você prega, o que você vive? Será que não tá faltando execução? Será que não tá na hora de parar com a newsletter e focar no que realmente importa?! Fazer o que precisa ser feito?!”

Aí você sente na pele que cansa, se conecta com o mundo real, enxerga que dói, para de julgar e pensa inúmeras coisas, executa muito mais e não fica pensando nos "devaneios".

E você faz isso ao longo de meses, anos, o tempo que for, colhe os resultados e fala: “Caraca!”.

É preciso que você tenha muito bem claro que existe o momento do plantio e o momento da colheita. E não tenha dúvidas de que se você plantar, você vai colher. Nunca o contrário.

E depois de ler tudo isso, entenda, também, que a motivação é necessária. Ela está relacionada com a nossa dopamina, que é o que nos provoca a ir em busca de algo, fazer algo. Só não podemos desequilibrar essa dosagem.

E o mais importante de tudo: eu sei que na maioria das vezes você não faz por medo do julgamento. Não faz por ter medo de fracassar e de pensar no que as pessoas vão julgar sobre você. Então, pra encerrar esse texto, quero que você lembre:

Quem performa, não julga.

Espero que esse texto tenha te motivado e o principal: te torne independente da motivação.

Te vejo na próxima edição.