#LGBTsNaComunicação - Parte 2: Diferenciando Representatividade e Diversidade
Leo Rudi 🏳️🌈
Estratégia de redes sociais | Negócios ativados por conteúdo | Linkedin Top Voice | Estrategista em marketing há 7 anos | Ativista LGBTQIAP+
Na semana passada publiquei a primeira parte de uma série de posts que pretendo fazer explicando conceitos importantes do meu TCC, que é sobre diversidade no mercado da comunicação, especialmente LGBT. Você pode ver este post aqui.
Agora que já entendemos as nomenclaturas usadas por indivíduos, o próximo passo é entender como estes indivíduos podem participar nas organizações. Por isso, vamos diferenciar representatividade e diversidade:
Parte 2 - Diferenciando Representatividade e Diversidade
Muito do que a gente vê nos textões das mídias sociais vem da ciência política, não é só “bom senso”. O próprio conceito de representatividade é bastante usado nos estudos sobre a democracia.
Representação refere-se à ideia de estar presente no lugar de outra pessoa, de se colocar no lugar dela. Quando falamos da representatividade de uma minoria (um grupo mais vulnerável socialmente, como os negros, os LGBT ou as mulheres), necessariamente falamos da existência de algumas pessoas deste grupo nos lugares onde normalmente o grupo não está presente. Esta pessoa então estaria “representando” seu grupo.
Complicado, né? Como um excelente exemplo, podemos citar o filme “Pantera Negra”, ali temos um ator negro protagonizando um longa-metragem de super-herói. Isso não é comum e por isso dizemos que ele está representando sua classe, no caso: os negros.
Mas apenas a representatividade não é o ideal, porque os indivíduos pertencentes às minorias ainda não estão completamente inseridos nas organizações onde poderiam participar. Por isso, um próximo “degrau” seria a diversidade, que é quando os indivíduos já estão inseridos nas suas organizações “espelhando” a sociedade do seu contexto. Ou seja, uma organização IDEALMENTE diversa no Brasil teria em todos os seus níveis hierárquicos a mesma quantidade de negros, mulheres, LGBT etc.
É importante notar que a diversidade nas organizações não traz igualdade de remunerações, poderes decisórios e bem-estar para as minorias ali presentes. Sabe aquela empresa que tem um monte de mulheres ganhando menos do que os homens dali pelas mesmas funções? Pode ser considerada diversa, mas não inclusiva. Mas isso é assunto para a semana que vem...
Gostaram? Então me ajudem a divulgar e comentem com sugestões, críticas ou elogios!