LGPD é debatida por liderança da Brasal

Abrindo os trabalhos, Osório Neto, vice-presidente das empresas Brasal, reforçou a relevância do engajamento de todos. “Nós temos a responsabilidade de cuidar deste assunto e estamos sob boa liderança da nossa área governança e compliance, que nos orienta sobre como devemos tratar essas questões”, disse

O evento marca o olhar especial da Brasal em relação ao assunto, acredita Flávio Vidigal , gerente de governança e compliance Brasal. “Isso significa amadurecimento da gestão e da cultura organizacional. Realizamos um trabalho interdisciplinar com foco na LGPD, envolvendo várias áreas, sendo TI a parceira fundamental”, opinou.

Tatiana Venâncio de Rezende e, advogada de compliance da Brasal e mentora do encontro, reforçou a importância da conscientização sobre o assunto. “Tanto a liderança como os demais colaboradores devem desenvolver uma preocupação automática sobre proteção de dados em todas etapas de suas funções. O tráfego de dados em uma empresa do tamanho da Brasal é gigante”, disse enfatizando que o projeto de adequação à lei é um projeto vivo, contínuo.

Para Fernanda Cruz Jesus , diretora de controladoria e finanças, o principal desafio é entender quais dados podem ou não ser compartilhados e de que forma. “Precisamos nos manter atualizados sobre novos normativos para que nenhuma alteração possa deixar a empresa e nosso ecossistema em risco”, pondera.

Palestras – Laura Schertel trouxe conceitos básicos da lei da qual participou da concepção. Afirmando que hoje o tema está mais palpável.  “Vivemos em um mundo conectado e que precisa de dados e informações. Portanto nada mais natural do que pensar na regulação dessa circulação. A proteção de dados nada mais é do que a regulação do fluxo de informação numa sociedade da informação”, disse.

Para Laura o engajamento das chefias imediatas e das lideranças das empresas é fundamental para a disseminação de regras de compliance.

Em seguida, Fabiola Pasini explanou sobre as ações desenvolvidas pela CNI em relação ao assunto e apresentou o Guia de Boas Práticas de Proteção de Dados para a Indústria e o Guia de Boas Práticas de LGPD para o Sistema Indústria.

 “A cultura da proteção de dados deve começar da mais alta direção até o porteiro, de qualquer empresa. Não basta que o diretor e os gestores conheçam a legislação e saibam o que ela significa no dia a dia. Quem traz essa lei geral de proteção de dados e essa cultura de proteção de dados para dentro da empresa são todos vocês. O conhecimento sobre o assunto precisa perpassar toda a empresa”, disse Fabíola.

Pasini elencou cinco motivos para indústrias criarem programas de governança de dados: 1) Auxilia no cumprimento das exigências legais e regulamentares; 2) Melhor organização dos processos de trabalho das empresas envolvendo dados pessoais; 3) Auxilia a criação de uma cultura de proteção de dados e privacidade nas organizações; 4) Auxilia empresas a criarem uma relação de fidelização e confiança com clientes que se sentirão mais seguros com seus dados protegidos; 5) Amplia as oportunidades de negócios que envolvam dados pessoais e exigem a adoção de medidas de compliance de dados.

Para encerrar, Mônica Tiemy Fujimoto trouxe informações sobre a relevância que a lei vem ganhando no Judiciário e disse que em 2023 foram analisados 7503 documentos que mencionam a LGPD, enquanto em 2022 foram 1789. Entre os temas de destaque, no terceiro ano de vigência, estão: indenizações em casos de incidentes de segurança, fraude no setor financeiro, decisões automatizadas e aplicativos de transporte, e proteção de dados em processos trabalhistas.

Em relação ao futuro, acredita que as decisões em relação ao Judiciário vão aumentar. “Cada vez que o operador, os advogados, os titulares vão se apropriando dessa cultura de proteção de dados, as demandas vão crescendo. Isso também faz com que seja ainda mais importante adotar as medidas de proteção de dados como uma forma de prevenção de riscos futuros, e começa por meio de iniciativas como esta realizada hoje pela Brasal”, concluiu.