A Liderança ágil e seus desafios na transformação organizacional

Tenho refletido e lido bastante sobre um novo tipo de liderança, vital para se adaptar às mudanças rápidas que vivenciamos no ambiente corporativo: a chamada liderança ágil. Um estilo de liderança transformador que surge como uma força capaz de conduzir as empresas a novos patamares de inovação e colaboração. Mas o que exatamente significa ser um líder ágil?

Em primeiro lugar, vejo que a liderança ágil vai além das práticas tradicionais de gestão. Trata-se de um estilo de liderança adaptável, focado em promover um ambiente de colaboração, inovação e aprendizado contínuo. Líderes ágeis são aqueles que conseguem se adaptar rapidamente em um mundo em constante mudança, o que os torna primordiais para garantir o sucesso a longo prazo das organizações.

Entre vários estudos e análises que li sobre o conceito, acredito que o modelo dos nove princípios proposto pelo Agile Business Consortium, oferece uma estrutura bastante sólida para entendermos bem essa forma de liderança e fornece diretrizes essenciais para líderes que desejam adotar uma abordagem ágil em suas organizações:

Ações falam mais alto que palavras:

• Líderes ágeis não apenas promovem a mudança, mas também exemplificam o comportamento que desejam ver nos outros. Eles se desenvolvem continuamente para inspirar suas equipes.

Qualidade do pensamento leva a melhores resultados:

• Tomar decisões com base em reflexões profundas e considerar várias perspectivas são características de líderes ágeis, que buscam informações diretamente das fontes mais próximas aos problemas.

Organizações melhoram por meio de feedback eficaz:

• Líderes ágeis solicitam e respondem ao feedback de maneira construtiva e respeitosa, fechando o ciclo de comunicação para melhorar continuamente o desempenho.

As pessoas precisam de significado e propósito para se sentirem realizadas no trabalho:

• Criar uma visão compartilhada e unificar a equipe em torno de um propósito claro e inspirador é essencial para um líder ágil.

A emoção é a base da criatividade e da inovação:

• Reconhecer e valorizar as emoções no ambiente de trabalho ajuda a liberar o potencial criativo e inovador da equipe.

A liderança vive em toda a organização:

• A liderança ágil não está centralizada, mas deve ser distribuída por toda a organização, permitindo que todos tenham a oportunidade de liderar e contribuir.

Líderes delegam poder e autoridade de forma apropriada:

• Um líder ágil empodera sua equipe, proporcionando autonomia e respeitando a necessidade de adaptação às mudanças de contexto.

Comunidades colaborativas alcançam mais do que indivíduos:

• Criar e nutrir comunidades de trabalho baseadas na confiança, respeito e relações significativas é fundamental para a eficácia organizacional.

Grandes ideias podem vir de qualquer lugar na organização:

• Líderes ágeis estão abertos a ouvir e implementar ideias de qualquer pessoa na organização, reconhecendo que a inovação pode surgir de diversos níveis hierárquicos.

Em um estudo conduzido pela McKinsey & Company , foi constatado que as empresas que adotam práticas ágeis têm 30% mais chances de obterem sucesso na implementação de suas iniciativas digitais. Isso porque a liderança ágil permite uma resposta rápida às demandas do mercado, facilitando a adaptação às novas tecnologias e tendências. Esse tipo de liderança também promove uma cultura de inovação e colaboração, elementos essenciais no mundo corporativo global.

Outro ponto relevante é que, segundo o Project Management Institute , 71% das organizações que utilizam metodologias ágeis observam um aumento na capacidade de se adaptar a mudanças inesperadas. Tal postura reforça a ideia de que a agilidade na liderança não é se refere apenas à sobre velocidade, mas também à resiliência e flexibilidade.

O papel do líder ágil

O líder ágil, ao contrário do líder tradicional, atua como um facilitador. Ele promove a comunicação e colaboração entre os membros da equipe, garantindo que todos estejam alinhados aos objetivos do projeto. Além disso, define e prioriza demandas, de acordo com o valor agregado para o negócio, garantindo que a equipe esteja focada nas entregas mais importantes.

No entanto, ser um líder ágil não se resume a aplicar metodologias como Scrum ou Kanban. É necessário desenvolver competências comportamentais que vão além do conhecimento técnico. Um estudo da Deloitte destaca que habilidades como empatia, pensamento estratégico e resolução de problemas são essenciais para um líder ágil. Essas competências permitem que o líder compreenda as necessidades da equipe, inspire inovação e tome decisões assertivas, mesmo em cenários de incerteza.

Para mim, a beleza da liderança ágil reside em sua capacidade de unir pessoas, processos e propósito em um fluxo contínuo de melhoria e inovação.

Como líderes, é nosso dever não apenas abraçar essa mentalidade ágil, mas também inspirar nossas equipes a fazerem o mesmo. Afinal, em um mundo onde a única constante é a mudança, a verdadeira liderança é aquela que se adapta, evolui e continua a liderar com propósito e paixão.

Busque seu propósito. Deixe o seu legado.

Rê Spallicci

#RêIndica

 Em outros momentos já abordei o quanto considero importante que os profissionais sejam protagonistas de suas carreiras. E, recentemente, li este artigo bem bacana sobre o tema e quero compartilhar com vocês:

 E, se você quer se tornar um líder fenomenal, este artigo pode ajudá-lo a descobrir como a combinação de aprendizado teórico e a experiência de vida podem transformar sua liderança. Vale a leitura.