Liderança é tudo o que o bom gestor precisa ter?

Todos os dias somos bombardeados por textos enfatizando que ser líder é importante para o gestor moderno, o que é um tanto quando óbvio hoje em dia considerando que gestores de forma geral trazem resultados por meio de seus colaboradores. Mas basta ser um bom líder para ser um bom gestor?

Claro que não, também é necessário conhecimento técnico, não é? Minimamente! Afinal, como discutir atividades com a equipe se não há o mínimo entendimento das tarefas dos profissionais. Então para ser um bom gestor são necessários liderança e conhecimento técnico... eis a fórmula do sucesso, ou melhor, do status quo!

Na batalha por market-share, costumam vencer os players que conseguem definir objetivos adequadamente e, mais do que isso, constroem e executam estratégias de forma mais eficiente. Dessa forma, sustentar resultados se torna fortuito para as empresas quando faltam gestores com visão estratégica, com foco em apenas manter o status das ações no verde em processos e objetivos que eles nem ao menos pararam para pensar se foram desenhados da melhor forma. Bater a meta se torna o único objetivo, como se as empresas não precisassem se reinventar.

Então se estratégia é um dos pilares para se sustentar resultados nas empresas então por que não avaliamos os gestores por sua visão estratégica?

Isso vai muito além de um líder com conhecimento técnico, mas sim um gestor com capacidade de enxergar os processos de forma diferente em vez de simplesmente fazê-los funcionar (o tal do inovar), significa também trazer para a empresas visão de mercado e, ainda mais: provocar novos desafios! Não basta fazer o time caminhar (bater a meta), mas sim mostrar a melhor direção para atingir os mais variados objetivos organizacionais.

Estamos enganados ou pelo menos acomodados em achar que os insights estratégicos vêm apenas do board. O grande problema é que visão estratégica em muitas empresas costuma mesmo ser delegada ao C-level ou no máximo aos diretores, que costumam ter grande bagagem em questões complexas, mas a partir do momento que são eles apenas os estrategistas supõe-se que o restante da empresa não tem condições de trazer lições valiosas, afinal o resultado total não é formado pelo conjunto dos esforços?

Estamos habituados ao "as coisas funcionam assim", ao "a estratégia já foi definida", ou então ao "foco em bater a meta"... e assim gira a roda da contratação e manutenção de gestores líderes e técnicos para orientar e guiar os times para entregarem tarefas direcionadas pela estratégia definida pela "mão invisível" presente nas empresas.

Negócios arrojados são movidos por gestores estrategistas, que guiam sua equipe para novos patamares e constantemente promovem disrupções em suas empresas. Eles são capazes de capitalizar a inovação por meio do pensamento criativo de seus colaboradores, enxergam as nuances dos processos onde atuam, trazem para a empresa tendências do mercado, e, acima de tudo são provocadores, pois não se contentam simplesmente em bater metas!

Fica aqui um desafio: você se considera um gestor estrategista?