Liderança Estratégica: um novo desafio
Não é possível que continuemos a enfrentar a crescente complexidade do mundo atual por meio de um modo de pensar simplista, imediatista e local.
Nos últimos anos, mais um desafio surgiu e se somou aqueles com os quais os líderes têm de lidar no dia-a-dia das organizações: o desenvolvimento e o exercício da liderança estratégica. Há várias formas de definir liderança estratégica.
Talvez a mais simples e mais elucidativa seja a seguinte: é um conjunto de habilidades e competências que faz com que os executivos passem a reconhecer e pôr em prática a importância de pensar não apenas em termos de curto prazo, resultados imediatos e contextos restritos, mas também em termos de médio e longo prazo, resultados mediatos e em contextos mais amplos.
Há uma significativa escassez de líderes globais especializados.
Os resultados indicam dados surpreendentes: 85% dos dirigentes declararam que suas corporações não dispunham de um número suficiente de líderes globais, isto é, de líderes estratégicos.
Para esses dirigentes, a liderança global é o que faz falta no mundo de hoje.
Esse é um tipo de liderança apoiada na flexibilidade, que é a capacidade de mudar o modo de atuação dos executivos - geralmente cartesiano, linear, pensando em resultados a curto prazo.
Essa é uma característica dificilmente encontrada na cultura ocidental.
Há a necessidade de se adaptar às tendências: não existem mais empresas multinacionais ou transnacionais, mas empresas globais que necessitam de executivos globais.
Fica evidente, portanto, que pensar e agir tanto de modo focal quanto de maneira global, segundo as necessidades das organizações e do mercado, passa a fazer parte das tarefas das lideranças atuais.
Não é por outra razão que os programas de educação executiva vêm incluindo com frequência crescente programas de Coaching.
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Neles, entre outros tópicos, incluem-se as habilidades e competências específicas indispensáveis às lideranças globais especializadas.
Entre as mais importantes estão, sem dúvida, as monitoradas por parâmetros internacionais como os Índices Dow Jones de Sustentabilidade: ética e valores; pensamento estratégico; visão de futuro; consciência ambiental global.
Hoje, não se concebem mais corporações de peso que não reconheçam e se adaptem a esses indicadores.
Os executivos que nelas trabalham precisam estar atentos aos novos desafios à competitividade corporativa e, em consequência, às suas carreiras.
Dois deles podem ser considerados essenciais: como inspirar a visão; como compartilhar a visão e criar comprometimento.
No entanto, mesmo que as pessoas estejam dispostas a se comprometer, o que fazer para que elas se tornem capazes de lidar com a complexidade dos novos tempos?
Como já é amplamente sabido, essa complexidade não pode ser compreendida e trabalhada por meio dos atuais modelos mentais simplificadores.
Em outros termos: não é possível que continuemos a enfrentar a crescente complexidade, diversidade e mutabilidade do mundo atual por meio de um modo de pensar simplista, imediatista e local, como o atualmente hegemônico em nossas sociedades.
Portanto, é preciso mudar de modelo mental, ou seja, desenvolver novos modos de pensar que nos levem a níveis satisfatórios de adaptabilidade às novas realidades.
Essa é uma das principais tarefas dos líderes estratégicos.
DIRETOR EXECUTIVO na WP CONSULTORIA DE RH E GESTÃO
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