Liderança humanizada
O que somos nós, além de humanos?
Podemos ser maridos, esposas, filhos, profissionais, amigos, conhecidos, voluntários, mas o que nunca deixamos de ser é: ser humano.
Atribuo o insucesso da maioria das relações interpessoais à falta de tato humano ao lidar com os próprios humanos.
Aproximo-me dos 19 anos de vida (apenas, pode-se pensar), mas há 5 anos participo de uma organização mundial de desenvolvimento de lideranças jovens através do servir. Nesse tempo, assumi diversas posições e tive a oportunidade de liderar muitos líderes, de diferentes idades, regiões, credos, posições políticas, classes sociais e costumes e, o que constatei, é que os líderes que possuem delicadeza ao lidar com os seus liderados alcançam os objetivos estabelecidos de forma muito mais eficaz e verdadeira. Alcançam resultados concretos e duradouros, que não se resumem a números e gráficos, mas que também os têm.
Colocar-se no lugar do outro ao liderá-lo é primordial!
O ser humano, em sua própria essência, não gosta de ser submisso, mandado, mas isso não significa que não será. A formação e o funcionamento da nossa sociedade exigem que exista hierarquia em todas as esferas de relacionamentos. O que faz total diferença é de que maneira as ordens são passadas e de que forma a crítica é dada.
Líderes que possuem esse "tato humano" têm o poder de fazer com que ordens pareçam convites e/ou singelos pedidos, fazendo com que os liderados cumpram as suas tarefas com vontade de cumpri-las. Têm, também, o poder de fazer críticas tornarem-se motivação para atingir o seu melhor, sem sentirem-se ofendidos ou humilhados.
Todos precisam sentir-se aceitos, conhecidos, importantes e valorizados.
A influência é conquistada quando somos capazes de despertar nos outros uma vontade intensa.
Como já dizia Dwight Eisenhower, ex-presidente dos EUA, bons líderes são delicados nos modos e fortes na ação.
- Roberta Schneider Cecyn