Liderança, Planejamento e Pessoas

Vivemos cenários de incertezas mundiais, no que diz respeito a economia e a política e novamente o profissional que se mantém no mercado é “esticado” para fazer mais com menos... Esta fala que traz traços do clássico taylorismo à modernidade, aponta para alguns tópicos já discutidos algumas vezes e que aqui, quero recontar à luz da minha experiência e trabalho com líderes e times.

A Estratégia é planejada e pré-concebida pelas lideranças, mas é discutida e finalizada com quem operacionaliza!

Como requerer do seu time a competência de trabalhar a COLABORAÇÃO se no momento de estruturar a estratégia você, líder, não constrói o principal produto da sua gestão com o seu time? A liderança pelo exemplo passa por coisas que são simples em sua rotina, mas também por aquelas que lhe são caras em sua carreira...

O relacionamento com pessoas, é algo complexo, logo o líder em exercício desta competência, a colaboração, perceberá que nesta relação, ele pode fortalecer outras habilidades tão requeridas na gestão moderna como, líder coach (fazendo perguntas abertas, estimulando a reflexão do ouvinte/locutor) e habilidades de mentor por exemplo, quando traz para as discussões experiências anteriores com os temas trazidos pela sua equipe nesta reunião de trabalho.

Eficiência operacional é MENTALIDADE não somente PROCESSOS.

Em minha carreira percebo que os líderes que se dedicam a compreender os comportamentos de suas equipes e qual a mentalidade por traz destas ações, geralmente trazem consigo características de uma liderança inspiradora, ou seja consegue mover as pessoas aos novos desafios e nos diversos cenários... Tudo isto porque, ele entende que comportamentos são a parte EXPRESSA daquilo se pensa, e para trabalhar nas ações é preciso compreender a mentalidade das pessoas que estão no time. Portanto, pensar numa revisão de processos para se ganhar eficiência operacional, passa antes pela necessidade de se realizar um diagnóstico do funcionamento e mentalidade desta equipe...

Nesta etapa, nós de RH podemos apoiar, entretanto o material que resulta deste trabalho precisa ser valorizado pela liderança, acolhendo as diversas perspectivas e disposta a clarificar a visão, a missão e os valores de sua área e modelo de gestão.

É preciso que o líder desenvolva um plano de ação para trabalhar e comunicar DE FORMA SIMPLES E EFICAZ os objetivos estratégicos da empresa e onde a equipe participa neste “todo”, devendo assim promover as mudanças operacionais necessárias para aumento da eficiência dos processos e resultados eficazes.

Ainda neste tópico é de extrema importância a criação de frameworks de execução, pois parafraseando Peter Drucker, o que não pode ser medido, não pode ser melhorado...

Nesta etapa líder, O FOCO da medição deve ser o PROCESSO e não as pessoas... Entende-se que neste momento, temos no time os profissionais com a mentalidade alinhada com a visão de trabalho e a estratégia construída no coletivo, logo, o olhar da liderança volta-se aos processos estabelecidos, avaliando se os indicadores de performance traçados estão elevando os resultados em direção aos objetivos estratégicos.

Ser uma liderança, leva o individuo à necessidade de se conhecer, trabalhar suas limitações e construir uma visão de futuro com pessoas que pensam diferente, mas que rumam ao mesmo objetivo que o seu... Ser um líder é ter a certeza que seu maior trabalho é aperfeiçoar e desenvolver pessoas a partir daquilo que ele tem de melhor e mais precioso, sua experiência, seu sucesso e sua humanidade.

Lideranças que se superam estimulam pensamentos, reforçam comportamentos assertivos, reconhecem e celebram. Também ajustam rotas com foco em compreender a mentalidade do outro, para que encontrem um denominador comum rumo ao objetivo.

O objetivo da organização é o alcance dos resultados, o objetivo das pessoas é serem reconhecidas neles!!!

Cibele Souza