Lifelong learning: por que precisamos seguir crescendo
Mudar ou desaparecer? Este é o dilema na era da tecnologia, segundo Leandro Karnal, historiador brasileiro. Com a inteligência artificial, a robótica e as inovações tecnológicas, é preciso estar aberto ao novo, deixando para trás preconceitos contra as “mudanças violentas”, nos termos de Idalberto Chiavenato. Para o autor mais emblemático da área da Administração, o mundo não é mais linear, hoje pode ser considerado exponencial em mudanças.
Se a mudança é o imperativo do universo, é preciso entender melhor o impacto da Revolução Digital, que reconfigurou tudo nos últimos 20 anos. Até o século XX, o conhecimento era considerado fixo e aprendíamos nos bancos escolares o que usaríamos a vida inteira. Na virada do século, também “virou” a lógica de aprendizagem: já saímos da graduação com o conhecimento datado. Na maioria das áreas de atuação, os contextos vão mudando na “velocidade da luz”, enquanto o profissional precisa se reinventar. Inclusive mudou o paradigma de acesso ao conhecimento, que passou de enciclopédico a online.
Por conseguinte, para quem já está no campo de trabalho, o conceito de “lifelong learning” reformata futuros: hoje é preciso aprender por toda a vida. Trocamos o “me formei” pelo “estou me formando”. A boa notícia é que há vários caminhos para acessar a evolução. Um fenômeno muito comum nesse contexto é reformar a própria identidade profissional: fazer uma imersão em outra área para melhorar a atuação na própria. É o Psicólogo que estuda Administração de Empresas, por exemplo. Ou o Professor que se especializa em Psicologia. É preciso colocar a mente em “modo disrupção”.
São tais diferenciais que garantem o grande destaque que procuramos. Precisamos ser determinantes no mundo, não determinados por ele. E como ser referência na própria área? Talvez seja necessário atuar em outra. É aí que o “pensamento flexível” entra: mentalidades fixas ficarão presas no século XX, a menos que absorvam a lição de Heráclito: “Nada é permanente, exceto a mudança”.