A luta da Wired contra o ad blocking através de HTTPS

A luta da Wired contra o ad blocking através de HTTPS

As Publishers estão tentando combater o ad blocking de todas as maneiras. A Wired, por exemplo, está contando com uma mudança de seu local de área de trabalho para o protocolo HTTPS, projetado para que pessoas mal intencionadas não alterem o conteúdo do site ou tenham informações sobre o hábito de leitura dos usuários. Dessa forma, o site espera que as pessoas tenham uma razão a menos para utilizarem ad blockers.

Kim Kelleher, editora  vice presidente da Wired

Segundo Kim Kelleher, editora  vice presidente da Wired, o objetivo final é resolver uma das maiores preocupações expressadas pelo público.

A questão da Wired com o ad blocking supera a média de publicação, graças ao seu público tech-savvy (experiente em tecnologia). De acordo com uma publicação da PageFair, mais de 20% de seu público bloqueia anúncios, se comparado com os 16% de população online nos Estados Unidos no segundo trimestre de 2015.

Devido a maus momentos anteriores com o ad blocking, a Wired oferece uma experiência mais “agradável” àqueles que têm o site em sua whitelist: há exibição de apenas anúncios padrões e sem pop-ups, vídeos in-line ou anúncios com vídeos autoplay com som.

De acordo com uma pesquisa de 2014 feita pela PageFair, a maior parte das pessoas usam os ad blockers para bloquear todas ou algumas propagandas. Em segundo lugar, estão razões pessoais e, por último, está a questão do desempenho. A Wired informou que a maioria dos feedbacks dos usuários sobre o lançamento do site sem anúncios mencionava a preocupação com segurança como um motivo para usar ad blockers.

Leia na íntegra a nota de Fevereiro desse ano escrita pela Wired a seus leitores.

No caso dos anúncios, o HTTPS exige que as redes de anúncio também utilizem HTTPS em suas propagandas. A mudança para HTTPS não vai satisfazer às pessoas que defendem a privacidade e que são contra rastreamento por parte de anunciantes, bem como aos que não concordam com a prática das Publishers de monitorarem os visitantes que estão usando ad blockers.

Algumas empresas de mídia incluindo The Washington Post, TechDirt and The Intercept já estão utilizando HTTPS. No entanto, segundo a Google, poucas grandes Publishers o fizeram. É mais difícil para elas porque grande parte de seu conteúdo e seus anúncios vêm de terceiros, então elas precisam garantir que tudo chegue aos usuários de forma segura, além da limitação nos recursos tecnológicos.

Alanna Gombert, gerente geral da Tech Lab e vice presidente sênior de tecnologia e operações de anúncio na IAB

Com o aumento do ad blocking, a discussão em torno da criptografia aumentou. A Encriptação é um dos caminhos que a IAB  está usando para melhorar a experiência de usuários em sites, de maneira que eles não instalem ad blockers. Alanna Gombert, gerente geral da Tech Lab e vice presidente sênior de tecnologia e operações de anúncio na IAB, afirmou que é será um trabalho maior para os publicitários, apesar de eles já estarem acostumados a apresentarem anúncios seguros às páginas inscritas, e de servidores anunciantes como Google e Mediamath já estarem trabalhando para deixá-los preparados.

Fonte: Digiday

Sobre o autor
Billy D. Aldea-Martinez é consultor de Estratégia Digital e Monetização. Atualmente, é Chefe Comercial no Brasil pela  Piano, e ajuda Publishers a lançarem novos produtos e modelos de negócios para aumentar sua renda digital. Também atua como Board Advisor & Angel Investor para startups adtech & marketech dentro do mercado publicitário, auxiliando-as a se lançarem em novos mercados pela America Latina.

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