Luz, Câmera, Gestão

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Amigos e Amigas,

A diversidade está no ar em textos, artigos, livros, pôsteres, cerimônia do Oscar..... e pode estar em um filme perto de você – seja no cinema, em dvd, por streaming e que por aí vai.


Algumas sugestões:

De gênero 

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Um filme imperdível é A Vida Invisível (2019), de Karim Aïnouz, sobre duas irmãs, Eurídice e Guida, vítimas na década de 1950, do machismo institucionalizado. O filme do conceituado diretor possibilita reflexão e debate sobre o tema, mostrando que a desigualdade de gênero é repleta de vieses inconscientes e tem raízes profundas na cultura brasileira.


Etária

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“O Jogo de Geri” (1997), de Jan Pinkava, é uma delícia de animação, com apenas 4 minutos de duração. O filme segue Geri, um idoso num parque, que se prepara para jogar uma partida de xadrez. Só que ele não tem um adversário, enfrenta a si próprio jogando sozinho, manipulando ambos os lados do xadrez e movendo-se de um lado para o outro. Logo identificamos dois Geris: um frágil, cuidadoso, tímido, introspectivo; outro jovial, rápido e seguro de si. O filme consegue o prodígio de dar a Geri duas personalidades distintas e possibilita vários pontos de reflexão: o tema da alteridade, o colocar-se no lugar do outro, as reações distintas que uma mesma pessoa pode ter e a questão social da velhice.

 

Exclusão 

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“Eu Daniel Blake” (2016), de Ken Loach, segue o personagem título, um carpinteiro de meia-idade que enfrenta tremendas dificuldades para conseguir o benefício por invalidez após uma parada cardíaca o impedir de trabalhar. Loach investe mais uma vez no tema social – característica recorrente em sua obra – e com I, Daniel Blake conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Embora se passe no Reino Unido, a história do protagonista poderia acontecer em qualquer local do mundo, já que o filme tem um viés universal.

 

Inclusão

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“Hoje eu quero voltar sozinho”, (2013), de Daniel Ribeiro, é a história de Leonardo, um jovem deficiente visual que se apaixona por Gabriel, um colega de classe. O viés do filme trata as duas situações – a cegueira e o fato do protagonista ser gay – como não problemas, ou seja Leonardo é uma pessoa como outra qualquer. Ganhou o Prêmio da Crítica Internacional no Festival de Berlim e foi também o candidato brasileiro indicado ao Oscar para melhor filme estrangeiro.


Racial 

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“Green Book: o Guia”, de Peter Farrely (2018). O filme segue Don Shirley (Mahershala Ali), um renomado pianista negro que vai sair em turnê pelos Estados Unidos e precisa de um motorista para conduzi-lo durante a viagem. Tony Lip (Viggo Mortensen), de cor branca, que está desempregado e vivendo de bicos é contratado por Shirley para o trabalho. Ganhou o Oscar de melhor filme e seu título se refere a um guia de serviços sobre lugares que negros podem frequentar e se hospedar. O diretor utiliza um humor leve e sutil para evidenciar o preconceito, o que costuma acontecer também, de modo geral, nas organizações. Nenhuma delas se declara preconceituosa, já que o racismo, quando existe, normalmente é sútil e acontece de forma velada.

 

Refugiados / Imigrantes    

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“Exílio”, de Visar Morina. Baseado numa história real, o filme é a história de Xhafer, um imigrante que está sendo intimidado por seus colegas por causa de sua origem não alemã. Além de abordar o tema de forma diferenciada, o diretor amplia o cerne para uma escala mais ampla envolvendo a sociedade de modo geral. Como já demonstrado – inclusive pelo escritor Jorge Okubaro no seu livro “O Súdito”, sobre a imigração japonesa – “Exílio” sugere que o tema seja mais debatido no mundo corporativo, no sentido de provocar reflexões sobre as práticas adotadas pelas organizações com relação aos imigrantes.  


Loly Nunes

Diretora na Fanfarra Carioca Produções Artísticas. Criação e produção de espetáculos, treinamentos e musicais.

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👏 👏 👏

Minha eterna admiração por vc e seu trabalho!

Ótimas sugestões, Myrna, como sempre. O cinema está se transformando num veículo de transformação social, o que, aliás, toda Arte deve ser. Obrigado.

Meliscia Soares

Especialista de Comunicação @Grupo CVLB | Comunicação Interna | Cultura | Eventos

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Amei, Myrna! Estava mesmo em busca de filmes com a temática da Diversidade. Vou conferir as indicações, já sei que as dicas são maravilhosas. 💚

Alessandra Ferrari

Fisioterapeuta Respiratória e Gerontóloga I Biofeedback em coerência cardíaca I Respiração Holotrópica (em formação) no Grof Legacy Training Brasil I Membro da ISMA-BR I Sócia do Instituto de Reabilitação Respiratória

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Seu olhar sensível e profissional é tudo o que precisamos neste momento, Myrna Silveira Brandão . Obrigada pelas dicas!

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