Métodos de compactação em campo
Oscar Wilde, em A decadência da mentira e outros ensaios, escreveu que a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida. No caso, da compactação - em um momento de liberdade filosófica - nem sempre o campo imita o laboratório ou o laboratório deve realmente validar o campo?
Em um exercício de entendimento teríamos a resposta do tipo "depende" ou quais são os fatores que estamos considerando?
Ainda nesse sentido e trazendo a última premissa de conhecimento geral para discorrer o texto: a diferença entre a vida real e filmes, é que nos filmes tudo faz sentido ou fez sentido.
Na compactação, algumas coisas podem não fazer sentido (em um primeiro momento) pois estarmos na vida real. Essa inserção é importante pois o laboratório é um ambiente em menor escala e mais controlado do que o campo. E fatores como escala e preparação de amostras são distintos de operações de campo.
Os métodos de compactação de campo são definidos com base no tipo de material e o tamanho do projeto a ser executado. O que é importante atingir o requerido pelo projeto, que no geral são os aspectos atrelados a teor de umidade e densidade seca.
Cada tipo de equipamento apresenta características específicas que os tornam mais adequados para determinados tipos de solos e de obras e assim são "escolhidos" para melhor atendimento e replicação ao que foi vislumbrado em laboratório.
Existem diversos métodos de compactação de solos, sendo três principais - ou mais fáceis de serem visualizados.
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Sabendo que existem combinações que podem ser misturados e atrelados a necessidade de campo - em geral a compactação estática é a mais utilizada, porém muitas vezes é confundida com a compactação dinâmica - ressalva importante pois dinâmica é atrelado, por algumas vezes, a movimento e não ao que causa o movimento. Fisicamente temos ainda cinemática e estática. Ressalto: física é o básico da engenharia, cálculo é consequência.
Voltando ao tema central, em termos de compactação de solos, temos também a combinação de métodos sendo o principal a compactação estática com vibração, aplicada a materiais granulares. Talvez sejam as melhores combinações, sendo um modo de funcionamento, se somando ou complementando o outro.
Bom, falamos disso pelo conjunto de "simples fatos" que no âmbito geral da engenharia e obras (aterros compactados - estradas, barragens, empilhamentos ou pavimentos e resíduos urbano), a compactação em laboratório é feita por um método dinâmico e em campos buscamos o mesmo efeito usando compactação estática. Te convido a refletir se faz sentido?
No próximo texto apresentarei um pouco dos tipos de equipamentos que utilizamos na compactação e como eles se comportam em campo e qual o resultado esperado.
Relembre que a compactação segue alguns princípios e que tomamos como base uma referência gráfica para determinar o controle dessa operação.
Engenheiro de Minas e Geotécnico | Técnico de Geotecnia
10 mMuito bom o texto, em casos de empilhamento de PDER em mineração, o controle tecnológico não pode "concorrer" com a produção pois em todo caso, do empilhamento pode sofrer com falta de qualidade da homogenizacao, altura da camada, feixes com dimensionados errados entre outros...