"Manda quem pode, obedece quem tem juízo" | O estilo de liderar de Musk
As vésperas da Copa do Mundo, o tema que está gerando um buzz nas redes é o #RIPTwitter. Mas antes, quero mencionar sobre as últimas movimentações das queridinhas do mercado, as big-techs, estão demitindo em massa e por e-mail. Longe de ser um processo humanizado de offloading. Segundo uma análise feita pelo Futurism Technologies, INC. , Mark Zuckerberg demitiu 11 mil funcionários na última semana e esse número pode aumentar. Seguem as projeções do The Washington Post e da CNBC:
Os cortes são considerados um elemento de planejamento antecipado. Amazon , Meta e Google , por exemplo, têm anos fiscais que terminam no final de 2022 ou no início de 2023. Isso significa que essas empresas já estão tentando reduzir os custos de seus balanços agora, antes do encerramento de seus anos fiscais.
"Continuamos a enfrentar um ambiente macroeconômico incomum e incerto", disse o executivo da Amazon David Limp . "Diante disso, trabalhamos nos últimos meses para priorizar ainda mais o que é mais importante para nossos clientes e negócios." Durante a pandemia vivenciam um boom no mercado tecnológico, que hoje talvez não seja sustentável. Por isso, as gigantes do varejo online estejam enfrentando dificuldades para manterem seu quadro de funcionários. Ficam já dois aprendizados: nem sempre as empresas mais hypadas serão people centric, e grande parte da receita dessas empresas são os anúncios, logo se o serviço é gratuito, o produto é você!
O que a gente pode aprender com tudo isso?
O CEO do Twitter vem ironizando as demissões da plataforma e rumores que o #Twitter vai acabar. Além dos fatores macros que atingem todo o setor, cada empresa também lida com questões específicas. As demissões do Twitter, por exemplo, estão diretamente ligadas à aquisição da empresa por #ElonMusk e às mudanças que o bilionário quer aplicar na cultura de trabalho da companhia.
Elon Musk deu um ultimato para a equipe do Twitter dizendo que os funcionários tinha até ontem (17/11) para considerarem se querem continuar "trabalhando longas horas em alta intensidade" ou deixarem a empresa. Musk disse aos funcionários da empresa que qualquer pessoa que não tiver clicado em um link que confirma que "você quer fazer parte do novo Twitter" até quinta-feira à noite, no horário de Nova York, será considerada como demitida da empresa, informou o jornal americano The Washington Post .
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"Seja qual for a decisão que você tomar, obrigado por seus esforços para tornar o Twitter bem-sucedido" Elon Musk
Empresa já demitiu metade de sua força de trabalho no início deste mês, após bilionário concluir compra da companhia. O bilionário criticou os gastos e a cultura de trabalho da empresa e disse que a companhia precisa de grandes cortes de custos.
Apesar das notícias de demissões em massa, o próprio Musk twitou que não estaria preocupado com isso. “As melhores pessoas estão ficando, então não estou super preocupado”, disse Musk. Essas pessoas extremamente "hardcore" receberam um anúncio do fechamento temporário dos escritórios do Twitter, o que remete a sinais de que um grande número de funcionários se demitiu por não aceitar os novos termos de Musk.
A mensagem anunciando o fechamento temporário dos escritórios ainda dizia: "Por favor, continue a cumprir a política da empresa, abstendo-se de discutir informações confidenciais da companhia nas redes sociais, com a imprensa ou em qualquer outro lugar". Alguns funcionários tuitaram usando a hashtag #LoveWhereYouWorked (que pode ser traduzida como "ame onde você trabalhou") e um emoji de saudação para mostrar que estavam deixando a empresa.
Fica o aprendizado de como NÃO se comunicar em tempos de incertezas, e que sempre transparência e gentileza caem bem. Se Elon buscava engajamento e colaboração de seu time, as notícias e tweets mostram o contrário. Outra dica é buscar autoconhecimento em inteligência emocional para evoluirmos com #empatia. Deixo também a sugestão de livro não só para a liderança, mas para combater culturas organizacionais tóxicas, o que é responsabilidade de TODOS.
Não há mais espaço para uma gestão autoritária de comando e controle, passamos grande parte das nossas horas trabalhando e merecemos estar numa empresa que nos valoriza. Muito se fala sobre senso de pertencimento, mas será que a cultura que vivemos em nosso dia-a-dia nos influencia para isso. Será que estamos trabalhando nossa #empregabilidade para nao sermos pegos de surpresa pelas instabilidades do mercado.
Comunicação Não Violenta de Marshall B. Rosenberg:
Researcher | Headhunter na Fesa Group
2 aExcelente colocação! Muito importante esse tema vir à tona através de uma das empresas com maior visibilidade mundial