Mapa ou Trilho? Como você pensa sua vida carreira?
Quando você pensa na sua vida profissional, qual a imagem que lhe vem cabeça, um mapa ou um trilho de trem?
O trilho de trem como conhecemos é uma linha que oferece poucos desvios é pontilhada por estações cujas paradas são conhecidas e normalmente obrigatórias e certamente chegam a um ponto conhecido, cabendo ao condutor ou maquinista decidir unicamente sobre o controle da velocidade. Conduzindo a composição com mais calma e atenção, certamente não haverá qualquer risco de acidentes, porém caso aconteça algum imprevisto atrasos serão percebidos. Ao aumentar a velocidade da composição é possível atingir os pontos da linha em menos tempo, contudo o risco de acidentes sobre na mesma proporção. O trilho da nossa carreira costuma receber o nome de plano de carreira, onde, nas empresas que o adotam os profissionais ingressam na corporação em uma determinada estação e vão seguindo no trem da empresa de cargo em cargo, de estação em estação em estação até que o ponto final da linha seja atingido (presidência, conselho, etc.) em um tempo definido como bom pelos profissionais que gerenciam a corporação. Quando temos nossa carreira em formato de trilho, nossa vida está como a composição, com paradas definidas, tempos conhecidos, riscos baixos e quando aparece um imprevisto na linha, a composição para até que o imprevisto se resolva.
Continuando com a pergunta original, falemos um pouco sobre o mapa. Conhecemos mapas de todos os tipos, cores e sabores, mas vamos utilizar como exemplo os mais democráticos que são as cartas náuticas. Para quem não está familiarizado, cartas náuticas são mapas de pequenas partes de mar e costa que possuem diversas informações para que os navegadores definam seu curso. Entre outras coisas, elas trazem latitudes, longitudes, profundidades, pontos de acesso, faróis, canais de entrada, correntes marítimas etc.
De maneira geral, elas possuem todas as informações para que o navegador tome a decisão de onde navegar e onde atracar, contudo, nenhuma delas define o caminho a ser seguido, ainda que algumas sugiram estes. Por exemplo, você pode sair navegando de Natal – RN até Dakar no Senegal, em linha reta contando com as correntes e ventos ou fazendo pequenos desvios de ilha em ilha de forma a conseguir suprimentos, água fresca e até companhia. Qual dos dois rumos será o melhor? Depende, depende da sua meta, das suas capacidades e do que você pretende com a viagem.
O fato relevante é que seja lá qual for a sua opção, ela será SUA. Com todos os ônus e bônus da decisão. Somente uma pessoa poderá definir a velocidade de sua viagem, quantas paradas terá se será feita somente de dia, se irá enfrentar as tempestades ou esperá-las passar e assim por diante. Para que qualquer marinheiro possa levar seu barco até o destino, ele precisará conhecer o mapa, identificar os pontos de vantagem e desvantagem, formular sua estratégia e conduzi-la.
Retirado do livro Coaching e Carreira- Construindo Profissionais de Sucesso- Autores: José Roberto Marques e Edson Carli