Março: um mês para refletir sobre a saúde da mulher
À medida que celebramos o Mês da Mulher, é crucial lembrar que a saúde das mulheres é uma questão que afeta toda a sociedade. Com metade da população mundial representada por mulheres, sua saúde impacta diretamente o tecido social e econômico global.
As mulheres representam 51,8% da população brasileira, de acordo com o IBGE, neste contexto, é essencial entendermos os desafios enfrentados por elas para refletirmos sobre a importância da saúde feminina e seu impacto na sociedade como um todo, cuidar da saúde delas, significa cuidar de mais da metade do país, isso sem levarmos em conta os números referentes à dupla jornada de trabalho e a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher.
Dados revelam que, apesar dos avanços na medicina, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos em relação à saúde. A expectativa de vida mais longa, por exemplo, muitas vezes vem acompanhada de uma maior carga de doenças crônicas e problemas de saúde mental. Depressão e ansiedade afetam mais as mulheres do que os homens, e a violência de gênero continua sendo uma realidade alarmante, conforme dados do Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), 3 a cada 10 brasileiras já sofreram violência doméstica.
Dados merecem atenção
📍Expectativa de vida: As mulheres vivem mais que os homens, com uma expectativa média de 80 anos contra 76,3 anos, segundo o IBGE. No entanto, essa vantagem pode ser diminuída por doenças e condições específicas do sexo feminino. É fundamental investir em medidas que promovam a saúde e o bem-estar das mulheres ao longo de suas vidas.
📍Mortalidade materna: Apesar da queda nos últimos anos, o Brasil ainda registra 60 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos, segundo o Ministério da Saúde. A falta de acesso a cuidados pré-natais de qualidade e a um parto seguro contribui para esse índice preocupante. É necessário fortalecer as políticas públicas que garantem a atenção adequada à saúde materna, desde a preconcepção até o pós-parto.
📍Doenças crônicas: As mulheres são mais propensas a doenças como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas, que podem ser prevenidas com medidas simples como alimentação saudável, prática regular de atividade física e acompanhamento médico regular. É importante promover campanhas de conscientização sobre os fatores de risco e as formas de prevenção dessas doenças.
📍Saúde Mental: As mulheres também são mais afetadas por problemas de saúde mental como depressão e ansiedade, em parte devido a fatores como a violência doméstica, desigualdade de gênero e a sobrecarga de trabalho doméstico e familiar. Dados do IBGE mostram que mulheres dedicam 9,6 horas por semana a mais do que os homens aos afazeres domésticos ou ao cuidado de pessoas. v
A saúde da mulher impacta a todos
A saúde da mulher não se limita apenas ao seu bem-estar individual. Ela impacta diretamente na saúde de suas famílias e comunidades, e na economia como um todo.
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Desafios e soluções para um futuro melhor:
Ainda há muitos desafios a serem superados para garantir o acesso universal à saúde de qualidade para as mulheres.
📍Desigualdade de Acesso: É necessário fortalecer a atenção básica e ampliar a cobertura de serviços especializados, para lidar com doenças que afetam exclusivamente as mulheres como, por exemplo, o câncer de mama, câncer do colo do útero e endometriose. Outras questões específicas, como a menopausa e a pobreza menstrual, reforçam a necessidade desses serviços especializados. A pobreza menstrual afeta, no Brasil, 28% das pessoas de baixa renda na faixa etária entre os 14 e os 45 anos, o equivalente a uma população de 11,3 milhões de habitantes. Uma parcela de 40% dessas mulheres se encontra na faixa etária entre os 14 e os 24 anos. Ressalta-se ainda que a maior parte delas não têm conhecimento de estarem vivendo uma realidade de pobreza menstrual. Os dados são de uma pesquisa realizada pela Johnson & Johnson Consumer Health em conjunto com os institutos Kyra e Mosaiclab.
📍Violência: A violência contra a mulher é um problema grave que afeta sua saúde física e mental. É fundamental implementar políticas públicas eficazes para prevenir e combater a violência contra a mulher, além de oferecer apoio e tratamento às vítimas.
📍Falta de Informação: As mulheres precisam ter acesso a informações confiáveis sobre saúde, incluindo saúde sexual e reprodutiva. É importante promover campanhas de educação em saúde que abordem temas como sexualidade, planejamento familiar e prevenção de doenças.
Ao priorizarmos a saúde das mulheres, estamos investindo no futuro de toda a sociedade. Vamos aproveitar este momento para nos comprometermos a apoiar a saúde e o bem-estar de todas as mulheres, hoje e todos os dias do ano.
Saiba a seguir, como denunciar casos de violência doméstica:
🚨 Emergência: ligue 190 para falar com a Polícia Militar
O atendimento telefônico é gratuito e imediato. A central 190 funciona 24 horas.
🚨 Central de Atendimento à Mulher: ligue 180 A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
🚨Procure uma Delegacia Especializada da Mulher próximo à sua casa, ou Delegacia de Polícia fora do horário comercial.
Juntos, podemos fazer a diferença na vida de milhões de mulheres!