Tudo o que você precisa saber sobre a saúde da mulher

Apesar das mulheres serem maioria na população brasileira, a preocupação com a saúde feminina ainda é pouco discutida, tanto na sociedade em geral como na política. Milhões de brasileiras ainda sofrem com a falta de suporte, apoio emocional e infraestrutura no país, mesmo sendo questões fundamentais de saúde pública. As mulheres possuem um cotidiano mais agitado do que os homens, muito por conta de muitas serem mães solteiras, donas de casa, empreendedoras, trabalhadoras e muito mais. Tudo isso ao mesmo tempo em diversos casos.

A saúde da mulher só começou a ser discutida na política brasileira no início do século 20. Porém, praticamente tudo se restringia à maternidade. Depois da década de 50 começaram a ter mais medidas, como as de combate à desnutrição e ajuda com planejamento familiar. Algumas décadas depois, por volta dos anos 70 e 80, iniciaram campanhas para melhorar a qualidade de vida das mulheres através da prevenção do câncer de mama e de colo de útero. Além disso, nessa época iniciou as discussões sobre autonomia do próprio corpo, luta pelos direitos, igualdade e liberdade de expressão. Mas como sabemos, essa luta ainda está longe de acabar. 

A conscientização corporal é algo que toda mulher deve ter, mas como a nossa sociedade gira em torno de mentes masculinas, ainda existem muitas mulheres que não conhecem o próprio corpo. Para que as mulheres possam cuidar da saúde, é fundamental elas terem consciência do próprio corpo e da mente, e, principalmente, ter total controle. Conhecer o corpo, suas mudanças, nuances e seus limites é a principal maneira de entender como cuidar da saúde e identificar possíveis problemas. E vai além do cuidado com o corpo e a mente. Esse processo também é importante para explorar mais a fundo a sexualidade feminina e as diferentes formas de satisfação com o corpo. 

Por fim, vale sempre a pena ressaltar: cuidar da saúde também é cuidar da mente. Como as mulheres possuem uma rotina mais tumultuada do que os homens, o psicológico pode ficar tão abalado quanto o corpo. Em média, as mulheres trabalham 3 horas por dia a mais que os homens, com quase o triplo de responsabilidades. Por isso, cada vez mais transtornos psicológicos como a síndrome do burnout, depressão e ansiedade afetam a saúde mental das mulheres. Sendo assim, a conscientização sobre saúde mental para as mulheres deve ser bem maior.