As marcas pessoais imperfeitas, mas reais. Sem culpa.
O mês de setembro é frequentemente associado a regresso, seja das férias, para quem tem filhos é o voltar ao frenesim das aulas e o fim dos dias em que já esgotamos todas as atividades para os manter ocupados.
Agosto não foi bom. Digo isto, mas adoro o mês de agosto, para além de ser o meu aniversário gosto de trabalhar nesta altura, a um ritmo diferente, com tempo e espaço para a criatividade, ter mais tempo com a minha filha, mas este ano não foi bom. Não estive disponível como gostaria e que até precisava porque o corpo grita por descanso.
Este tem sido o ano dos desafios. Mas por boas razões, contudo, como tudo na vida implica um nível de empenho acima do normal. Quem me conhece sabe que me entrego de corpo e alma a todos os projetos que abraço, este admito que desafia a minha capacidade de resistência.
Como sou tranquila por natureza, aprendi a valorizar ainda mais todos os pequenos momentos de paragem que consegui fazer. Nem sempre precisamos de apanhar um avião para carregar baterias, ás vezes está debaixo dos nossos olhos a fonte de motivação e de alento. Podem ser conversas, um momento de silêncio (os introvertidos vão entender-me)ou simplesmente um momento de qualidade com os nossos.
Hoje, ao pensar que seria o regresso, tive consciência que eu não parei, portanto, vejo o meu setembro de forma diferente este ano. Como penso sempre em fazer melhor, pensei no que me incomodava para arranjar soluções:
Problema: Não tive muito tempo disponível para estar a minha filha como gostaria.
Solução: Falei com ela sobre isto, expliquei-lhe a razão de precisar de estar tão concentrada, a exigência e complexidade da tarefa que tenho em mãos e na mente, adaptada aos seus 11 anos é certo, mas ela entendeu-me. Aliás, o facto de ela entender o que se passa ajudou-me na gestão de tempo. Deixei de me sentir culpada.
Problema: Não li nenhum livro, tenho todos os que comprei e ofereceram-me em lista de espera.
Solução: priorizei o que preciso de ler e cheguei a conclusão que leio demasiados livros técnicos, estou proibida de comprar livros nos próximos meses. Fiz uma média do valor que investi em livros mensalmente e converti em investimento mensal durante os próximos 6 meses. Deixei de me sentir culpada.
Recomendados pelo LinkedIn
Problema: Fui dois dias colocar o pé no mar. Adoro praia e senti a falta do cheiro e do som do mar.
Solução: Este não foi o ano em que pude desfrutar do descanso necessário, mas reconheço que esse momento é especial para mim e, portanto, sempre que voltei para ver o mar, mesmo que seja ao final do dia, aproveitei cada segundo. Adaptei o que seria uma ida de horas a 15 minutos e valorizei tudo de maneira diferente. Deixei de me sentir culpada.
Podia continuar a lista, mas uso estas três situações que sinto serem uma pressão constante na vida e no trabalho:
Pois bem, nem sempre é possível estarmos com o melhor desempenho em todos os papeis sociais da nossa vida, e com isso não significa que somos menores, ou colocar em causa quem somos.
São momentos, ou situações temporárias, que implicam também uma dedicação diferente. A melhor solução é aceitar e adaptar ao que nos é possível fazer.
Ao contrário do que possa pensar, a comunicação da sua marca pessoal não precisa de ser perfeita, mas sim real. Sem culpa.
Innerpreneur, netweaver & curious mind with the mission to help executives & teams to be more entrepreneurial, playful & conscious, through training, facilitation and mentoring. HR PhD student & lifelong learner.
3 mMenos culpa e mais relativização! Adorei o teu descomplicómetro. E descansa, dentro do possível. 😘
CEO & Founder na Floriazoris // Professor // Engenheiro Agrícola
3 mEsta é a sina dos empresários e gestores. Culpa sistemática pela falta de tempo para atividades que são consideradas necessárias para o nosso equilíbrio psicológico, familiar e social. Parabéns Raquel, excelente visão.
Coach na Academia de Alta Performance | Mentora| Desenvolvimento de líderes | Formadora
3 mAdorei. Real 💎! E na ótica do desafio, solução que é sempre inspirador👏