As marcas precisam decidir entre audiência e comunidade?

As marcas precisam decidir entre audiência e comunidade?

É importante analisar quais grupos performam melhor à favor da marca, mas um não anula o envolvimento com o outro

Quando se fala em “audiência” e “comunidade”, os termos ainda causam dúvida para os atores do mercado de influência.

Mas entendê-los não é difícil, e esse entendimento pode impactar significativamente no desempenho das marcas junto aos seus públicos, além de ajudar no alinhamento das ações.

Audiência, em resumo, pode ser definida como o público em geral que acompanha um criador de conteúdo ou marca, através das redes sociais.

A audiência é um público passivo, que consome conteúdos gerados pelos creators e marcas, recebendo as informações, sem maior envolvimento com os temas apresentados.

Normalmente, a audiência não possui perfil uniforme, nem uma identificação com determinadas pautas.

Os conteúdos que são gerados para eles, encontram-se no topo do funil de conteúdo, ou seja, conteúdos que servem de gatilho para chamar a atenção para alguma causa ou ideia e que tem por objetivo alcançar ainda mais audiência.

Mas, e a comunidade?

A comunidade é composta por um grupo de pessoas mais engajadas com os conteúdos dos criadores e marcas, em vários sentidos.

São pessoas mais dispostas a buscar por conteúdos com os quais se identificam mais, além de estarem aptas a debater sobre os temas apresentados.

Na comunidade, os indivíduos se abrem para absorver as informações, mas também para contribuir com elas, através da troca de experiência.

O nível de conexão gerado através dos conteúdos é maior, e a comunicação não se dá de forma linear. O público quer falar e ser ouvido, e, dentro das comunidades, encontram esse espaço.

Há ainda um crescente sentimento de pertencimento dentro da comunidade, com foco em oferecer ajuda mútua.

Então, qual a melhor opção para as marcas?

Entender esses conceitos pode ajudar significativamente as marcas a construírem suas campanhas, além de se aproximarem de seus públicos ideais.

Se a marca procura maior visibilidade, buscar por maiores audiências pode ser interessante. Agora, se o foco é gerar valor para o público, atuar junto com creators com uma base de comunidade sólida, é um bom caminho.

Por outro lado, uma ação não anula a possibilidade de atuar com outros perfis de públicos.

O alcance de um criador de conteúdo, por exemplo, está entre as cinco métricas mais valorizadas pelas marcas (50%), junto com as taxas de engajamento, que chamam a atenção de 90% dos interessados.

Da mesma forma, entre os motivos que mais influenciam o consumidor a trocar marca x por marca y, está a falta de alinhamento entre os valores (27%) que representam o público e os que são defendidos pelas marcas.

Você já deve saber que um criador de conteúdo é uma ponte importante entre a sua marca e os valores que ela representa, junto ao público que você deseja atingir.

Conhecendo melhor o seu público alvo, através das comunidades de marca, é possível, junto do criador de conteúdo, propor soluções para as dores do consumidor.

Por isso, é importante analisar a performance de uma campanha, traçada para o alcance (audiência) ou para awareness (comunidade), e entender qual delas atende melhor às necessidades da marca para o momento, porém sem excluir a possibilidade de trabalhar com ambos.

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