Marketing humano: será que estamos olhando a importância de entender as pessoas por trás dos números?
Esse texto não tem a pretensão de provar nada, ou trazer um insight matador em uma conclusão fenomenal. Estou escrevendo, para colocar no papel as mesmas provocações que estou me fazendo, com o chapéu de um profissional de mkt, produto e vendas.
Está acontecendo em Austin, Texas o South by Southwest, mais conhecido como SXSW, um dos eventos mais importantes da atualidade, reunindo pessoas do mundo inteiro durante dez dias para debater temas como inovação em mídia, interatividade, comportamento, música e consumo. Muitas pessoas que eu consumo conteúdo no Instagram estão lá no Texas no evento. E foi pulando stories que vi uma postagem sobre um painel, e uma frase, tanto quanto óbvia, mais ao mesmo tempo bastante provocativa:
“The people who understand people always win”.
Parece um tanto quanto óbvio, mas será que é?
Então me forcei a pensar na minha bolha, que temos um cenário no qual estamos imersos em mundo extremamente tecnológico, onde as mudanças são rápidas, e que em muitas vezes a tecnologia acabando sendo um fim em si, perdi as contas das vezes que ouvi “meu produto tem a melhor tecnologia” ou aquela “uso o framework X, o mais avançado para desenvolvimento”. Certo, sei que isso pode gerar varias possibilidades, mas será que estamos esquecendo que no final, precisamos resolver um problema de uma pessoa, para que essa pessoa gaste o dinheiro dela com nosso produto?
Será que nós profissionais de MKT, principalmente quem trabalha com produtos digitais, podemos estar se apegando em features, indicadores, taxas de conversões, eficiência operacional, branding, awareness, e pouco em pessoas? Será que em pleno 2023, é preciso reforçar em um painel sobre tendencias de futuro, que quem conhece pessoas sempre vence?
Então, listei algumas provocações para refletirmos:
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· Qual foi a última vez que você conversou com um cliente, sem script de perguntas, de fato interessado em saber o porquê ele escolheu o seu produto?
· Quais são as motivações, angústias, medos que esse cliente passa, e quais são as expectativas idealizadas por ele para quando estiver utilizando o seu produto
· Ou, um cliente que não comprou de você, já procurou para saber o porquê ele não te escolheu? Com a intenção de ver a percepção dele e não apenas para colocar um motivo padronizado de perda no seu CRM
· e conversar com o seu time interno de suporte, ouvir um atendimento para saber em primeira mão o que o cliente está “sofrendo”?
Utilizando um novo jargão desse ano, agora vindo da NRF, “back to basics”, ou seja, deixarmos um pouco dos metaversos de lado, e focarmos em “fazer o básico”. de forma “fazer o simples”, ou seja, um retorno a base do negócio buscando conectar a empresa ao seu entorno, com as pessoas (colaboradores e clientes).
E voltamos a pessoas, estão vejo que precisamos utilizar a tecnologia como meio para fazer o básico e de forma simples, e assim fortalecer as bases do negócio ou produto, buscando conectar a empresa ao seu ecossistema, a suas pessoas (colaboradores e clientes).
E você leitor, o que acha? Meus colegas marqueteiros, produteiros e vendedores, será que estamos dando a devida atenção às pessoas em nosso trabalho? Quais são as provocações que você adicionaria a essa lista? Deixe suas ideias nos comentários e vamos continuar a conversa.