McDonald’s nos lembra que está tudo bem em dizer não.

O Burger King costuma provocar seu principal concorrente, o McDonald’s com uma certa frequência. Até aí tudo bem, faz parte do jogo, diverte o público e quer eles gostem ou não, acabam por fazer publicidade gratuita para o concorrente.

Em um dos episódios mais recentes desta provocação, o Burger King convidou seu rival para criarem juntos um “hambúrguer da paz”, que seria uma fusão de seus famosos arrasa-quarteirão, o Whooper e o BigMac. Este convite, obviamente feito de público e com toda a publicidade que lhe é devido, foi educadamente negado pela McDonald’s, seguido de uma explicação e um puxão de orelha. O McDonald’s chamou a atenção para a banalização dos termos guerra e paz, ressaltando que o que há entre as marcas é uma concorrência comercial saudável, que sob o ponto de vista da marca não deveria ser comparado aos horrores de uma guerra real. Talvez tenha sido um pouco de exagero por parte da turma do Ronald, admito. Mas fica uma lição muito importante aqui.

Em tempos de marcas querendo ser legais o tempo todo, fazendo todo tipo de ação para engajar e interagir com seus públicos, foi uma atitude muito corajosa da McDonald’s negar esse chamado publicitário em nome de seus ideais. Muitas críticas surgiram pela atitude, que alguns entenderam como antipática. Outros apreciaram a postura firme da marca de não ceder ao apelo comercial do concorrente, que fugiria dos valores propostos pela empresa.

Tiramos duas lições muito importantes deste imbróglio, a primeira é que não importa o que você faça, surgirão críticas e elogios sempre, talvez em proporções diferentes, mas sempre haverá ambos. A segunda é que quando você se mantém fiel aquilo que acredita, até mesmo pessoas que não admiram seus produtos, passam a admirar sua atitude. Ser engraçado e descolado pode ser legal, mas ter personalidade impõe respeito e admiração.

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