Mecanismos regulatórios e regras organizacionais: contexto das relações de negócios no Brasil

Mecanismos regulatórios e regras organizacionais: contexto das relações de negócios no Brasil

Conforme citado por ZAHRA (2006) e AGARWAL & SELEN (2009), devido ao ambiente extremamente dinâmico, as empresas possuem a necessidade de realizar adaptações constantes em seus processos para que possam se manter competitivas no mercado, mesmo que ainda apresentem uma estrutura estática. Por este fato, as empresas expandiram consideravelmente o seu escopo de atuação e, como resultado, enfrentam um ambiente regulatório em constante mudança e cada vez mais complexo.

Além da complexidade citada, os casos recentes de exposição negativa da imagem de empresas e instituições gerados por fatos associados à corrupção, condutas antiéticas, fraudes, como os crimes identificados pela Operação "Lava Jato”, levaram à prisão de executivos de diversas empresas e ex-agentes públicos. Este fato também fez com que os órgãos fiscalizadores, o Ministério Público, os investidores e a sociedade direcionassem suas atenções para as práticas corporativas relacionadas ao atendimento aos mecanismos regulatórios. Um desvio ético nas relações de negócios pode resultar também em litígios, multas financeiras, restrições regulatórias e danos à imagem e a reputação das empresas e instituições, podendo causar inclusive a recuperação judicial ou até mesmo a falência destas.

Os mecanismos regulatórios e a criação de regras organizacionais surgem como uma forma de estruturar a vida em sociedade, trazendo transparência e possibilitando a mitigação de conflitos, pois “a criação de regras gerais, aplicáveis a todas as pessoas de uma organização, produz uma identidade comum e um certo sentimento de interdependência entre os membros” (COIMBRA; MANZI, 2010, p. 4).

Referências

AGARWAL, R.; SELEN, W. Dynamic capability building in service value networks for achieving service innovation. Decision Sciences. Texas, 403, p. 431–475, 2009.

COIMBRA, M. A.; MANZI, V. A. Manual de compliance: preservando a boa governança e a integridade das organizações. São Paulo, Atlas, Brasil, 2010.

ZAHRA, S. A.; SAPIENZA, H. J.; DAVIDSSON, P. Entrepreneurship and Dynamic Capabilities: A review, model and research agenda. Journal of Management Studies, 434, p. 22–2380, 2006.

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