MEDICINA DISRUPTIVA

Tenho lido e ouvido muita coisa sobre disrupcão. Quase todas as vezes o tema é abordado com um olhar fixo sobre as novas tecnologias. Quando ouvimos a palavra inovação temos imediatamente a impressão que ouvimos "tecnologia inovadora". Mas e nas relações humanas, nas empresas que, como a minha, vivem basicamente de oferecer aos seus consumidores serviços? Como podemos aplicar o conceito de disrupção à nossa rotina de atendimento aos pacientes de uma clínica, por exemplo?

Buscando olhar para a frente e muitas vezes muito além da nossa real capacidade de assimilação, esquecemos de olhar para trás, esquecemos de analizar como as coisas eram, que caminho tomaram ao longo das décadas e como a disrupcão, aplicada naquela época, poderia ter levado ao desfecho A, B ou C.

O conceito de experiência inesquecível (a experiência Disney) pode e deve ser aplicado ao setor de serviços e na medicina isso traduz-se pelo carinho, pelo olhar nos olhos, pelo calor humano desde a chegada do paciente ao estacionamento privativo até a volta dele para casa, quando recebe uma mensagem de agradecimento pela confiança que o mesmo depositou no médico e sua equipe.

Se conseguirmos imprimir em nossos pacientes essa experiência inesquecível no atendimento, a sensação de que ele é único e indispensável para nós, conseguiremos sua fidelidade e nunca seremos questionados pelo custo de nossos serviços.

Não importa que tecnologia esteja disponível ou no horizonte, o contato humano é insubstituível.