Memória genética!
No que ela pode nos ajudar?
Foto: Revista Veja online

Memória genética! No que ela pode nos ajudar?

Nós podemos ter nascido com memórias de nossos ancestrais gravadas em nosso DNA. Esse fato explicaria, por exemplo, porque algumas pessoas sabem coisas que nunca aprenderam. É possível que nossos instintos mais básicos de sobrevivência tenham vindo de algum trauma antigo vivenciado por algum parente distante. As memórias moldariam o material genético de forma que pudessem ser transferidos para nossos filhos.

Pesquisas com roedores mostram que eles aprendem a cada geração; se eles estão em um determinado labirinto e seus pais já tinham aprendido algo sobre esse labirinto, os filhos não tem de começar do zero a desvendar o local.

Então, é possível que a gente tenha alguma memória em nosso material genético e o instinto poderia ser considerado uma espécie de memória vinda de nossos ancestrais e que é transportado pelos nossos genes. É possível que essa memória genética esteja ligada a traumas intergeracionais, a opressões históricas e é biologicamente plausível que esses tipos de memórias sejam passados adiante através do DNA.

Em um processo que pode ser a causa implícita das fobias, pesquisas prévias demonstraram que os ratos podem passar a informação aprendida sobre experiências traumáticas ou de stress a suas próximas gerações. Esses resultados podem ajudar a explicar porque as pessoas sofrem de fobias irracionais. Essas fobias podem ter sido herdadas de nossos ancestrais, logo medo de aranha pode ser, de fato, um mecanismo de defesa herdado do pavor de nossos ancestrais ao encontrarem um aracnídeo.

Essas descobertas podem ajudar a explicar, se não tratar, vários tipos de desordens, como fobias, ansiedade e stress pós-traumático. Pessoas talentosas, que não passaram por um rigoroso ou intenso treinamento, também podem ter recebido esses talentos de um de seus ancestrais, tais como tocar um instrumento, possuir habilidades matemáticas ou de resolução de problemas.

Uma série de estudos continuam a ser feitos para que possamos, cada vez mais, entender nossos mecanismos de funcionamento e usufruir deles de forma mais efetiva.

 Elaine Trannin, Master Coach

(Texto extraído e traduzido de um artigo feito por Berkeley University, Harvard Medical School, University of Toronto e Swansea University.)

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