A Menina em Pedaços

A Menina em Pedaços

“Quem tinha sido o infeliz que sugeriu que eles fossem dar uma volta debaixo daquele sol dos infernos? Enquanto secava o suor da testa com a manga da camiseta, Moraes tentava alcançar os passos do Guga e do Suko, que iam lá na frente. Estava fácil uns trinta e cinco graus e não tinha nem uma nuvenzinha no céu. Até os pássaros estavam se escondendo nas sombras das árvores, não se ouvia um pio sequer. Há quanto tempo eles já estavam caminhando?”

Assim começa a aventura de Guga, sua irmã Giulia e seus amigos, quatro adolescentes que se deparam com um crime sem solução e acabam se metendo numa investigação que pode bem custar suas próprias vidas.

Assim também começa minha primeira aventura de ficção para crianças, inspirada por fenomenais autores da literatura brasileira infanto-juvenil, que criaram histórias de mistério e suspense que eu lia quando criança e até hoje são lidas nas escolas.

“A Menina em Pedaços” é uma história para enaltecer o papel das crianças em enxergar as coisas de maneiras criativas e não-usuais, e em questionar e não se conformar com as coisas como são simplesmente porque alguém disse que são assim. Estas são competências fundamentais, mas parece que muitos se esquecem disto quando se tornam adultos.

Venho trabalhando como professor e consultor de criatividade e inovação para organizações há muitos anos e sempre me impressiono como o mundo adulto parece bloquear a criatividade. Estamos todos preocupados com as coisas que temos que fazer e muitas vezes nem questionamos os motivos ou o como estamos fazendo. Parece que esquecemos que um dia fomos crianças, que perguntávamos por que seguido de um outro por que e de um outro ainda. Esquecemos que nossa imaginação não tem limites, que criávamos cidades ou mundos do nada, e que achávamos que a caixa de um brinquedo era tão legal, ou às vezes mais legal, do que o próprio brinquedo.

Como podemos evitar que, ao deixarmos de ser crianças, nossa criatividade seja bloqueada? Existem algumas respostas para esta pergunta. Acredito que uma das mais eficazes seja o estímulo de uma boa história.

Mais do que entreter, boas histórias estimulam a imaginação, transmitem ideias, provocam ações. Boas histórias podem nos inspirar a questionar e nos tirar da mesmice. Boas histórias exercitam nossa criatividade, que tem o poder de impactar tudo o que fazemos.

Não sei se a aventura contada neste livro é uma boa história – isto quem pode me dizer são os leitores. As ilustrações presentes no livro, feitas por várias crianças entre 11 e 14 anos, são uma amostra de que, no mínimo, a história estimulou a imaginação e a maestria destes artistas. Minha intenção é ainda mais ambiciosa: é que esta história provoque as crianças a pensarem grande e a continuarem a se aventurar para tornar seus sonhos realidades.

O livro pode ser encontrado aqui:

Amazon

Livraria Cultura

Editora Dash

Espero que vocês – e seus filhos – curtam!

Parabéns por mais esta aventura, Professor!

Agnelson Ricardo Correali

Psicólogo Clínico | Coach - Executivo e de Carreiras | Sócio-Diretor

6 a

Gian - suas ponderações e reflexões são altamente pertinentes. A leitura atenta do seu livro desperta, em nós adultos, algo de suspirante...risos....., aquele mistério q deixamos de desenvolver depois q chegamos a ocupar o papel de adultos. Portanto, para mim, foi um encontro com o meu criar e brincar com as possibilidades q deixei de utilizar. Com certeza é uma leitura q cabe não só a população juvenil, mas tb p nós adultos. Parabéns por ser esse eterno contador de histórias. Agnelson

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Gian Taralli

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos