Menos CEO e mais trabalhador

Menos CEO e mais trabalhador

Basta mexer um pouco aqui, no Linkedin, para você perceber quantos CEO's (e tantos outros termos imponentes) há no cenário de empreendedorismo brasileiro.

Já não é de agora que há várias críticas ao modismo do "empreendedorismo de palco" (naturalmente não fui em que cunhou esse termo). A aparência parece (trocadilho infame) ter mais valor que o real.

Luta-se, tanto quanto na advocacia, por elogiosos cargos sem que corresponda a responsabilidade, o retorno financeiro ou mesmo a competência para tanto. Para você, que não é advogado, entender um pouco mais, no cenário jurídico há uma paixão pela posição de sócio, quando em muitos escritório só há o registro no site dessa condição, porque no dia-a-dia é tratado como associado ou empregado.

Vejam, a crítica está além do termo CEO (embora eu sinceramente ache uma bobagem usar um termo em inglês para definir Diretor Executivo ou Presidente, que é bem mais simples; bom, é mais um modismo terminológico do mercado). Mais do que exagero em definições e status, há uma sobrecarga de CEO's. Uma empresa com três pessoas tem CEO. Se bobear uma MEI tem CEO.

Mas no fim das contas a sensação de aparência predomina. O querer ser. Todos empresários sabem quão difícil e cansativo é ser empresário no Brasil. De glamour só o termo em inglês, porque é tanta, mas tanta bucha diária que as vezes até cansa. Mas não tem jeito: é MÃO na massa e camisa arregaçada, porque tem que ter resiliência (outro termo da moda) e muita resistência!



Fabiana Queiroz de Barros

Advogada | Gestora dos Editais LPG SCEIC

6 a

Menos faculdades e MBA e mais Senai

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