Mercenário nerd é libertado na Síria
As guerras da atualidade se tornaram um imã de malucos de todo tipo. Há os milhares de radicais islâmicos estrangeiros, muitos ocidentais, que se juntaram a grupos armados da Síria, especialmente do Estado Islâmico. E há, em menor número, alguns nerds treinados em combates de video-game que compram uma passagem aérea, uma roupa camuflada e se mandam para zonas de conflito, sem ter a menor ideia do que pretendem fazer lá. Na verdade, querem apenas provar algo que não são: um jornalista, um abnegado disposto a ajudar um povo oprimido ou um mercenário sem pagamento. Kevin Dawes, americano de origem coreana, tentava ser os três. Ele chegou a frequentar a linha de frente na Líbia, em 2011, onde circulava com um fuzil sniper e um kit médico que ele não sabia usar, colocando a vida de muita gente em risco, inclusive jornalistas profissionais. Em uma ocasião, ele quase matou o fotógrafo brasileiro André Liohn. (O episódio é contado no livro Correspondente de Guerra, que Liohn e eu escrevemos a quatro mãos e que acaba de ser lançado pela Editora Contexto.)
Depois da Líbia, Dawes foi para a Síria. Lá, ele desapareceu.
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Pois e não é que hoje, quase quatro anos depois de ter desaparecido na Síria, Kevin Dawes foi libertado? Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, ele já não está mais em território sírio e foi entregue às autoridades americanas. Ele foi primeiro levado para Moscou, onde foi entregue à embaixada americana, e já deixou o país.
Outros estrangeiros continuam desaparecidos na Síria, entre os quais o jornalista freelancer Austin Tice.
Leia o post completo em A boa e velha reportagem.
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