MERITOCRACIA
MERITOCRACIA: TEORIA DA ILUSÃO
A sociedade vivencia um dilema que fala de algo que na prática não se faz. Fala-se que o mercado profissional tem escassez de qualificação. Onde se fala um número sem fim de teorias, de necessidades e etc.
No desenrolar destas afirmações pouco verídicas; encaixam a teoria da meritocracia.
E o que é meritocracia?
Predomínio numa sociedade, organização, grupo, ocupação etc. daqueles que têm mais méritos (os mais trabalhadores, mais dedicados, mais bem dotados intelectualmente etc.).
Fonte pesquisa google
Meritocracia (do latim meritum, "mérito" e do sufixo grego antigo κρατία (-cracía), "poder") é um sistema de gestão que considera o mérito como a razão principal para se atingir posições de topo. Segundo a meritocracia, as posições hierárquicas devem ser conquistadas com base no merecimento, considerando valores como educação, moral e aptidão específica para determinada atividade.
Fonte Meritocracia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Com base nestas duas definições, pode-se dizer resumidamente que a conquista de posições de destaque e o “sucesso”, são o resultado de trabalho, dedicação e conhecimento e qualidade nata de liderança.
Podemos ver que o mercado atual esta abarrotado de profissionais de todos os níveis em todas as profissões. Com este número quase sem fim de profissionais já formados (tanto em faculdades como por prática) e um outro número imenso saindo das universidades, como explicar esta falta de qualificação?
Será falta de qualificação ou falta de OPORTUNIDADES/CRÉDITO?
Acredito que o mais correto é dizer que no mercado falta oportunidade/crédito para que os profissionais que tem real qualidade possam mostrar seus méritos. Independente da raça, religião, credo, idade, região em que moram, classe social e passado.
A história é rica em nos mostrar esta verdade. Os grandes ícones, saíram do anonimato reinante (a maioria). E através do clamor social, abraçam uma causa; conquistando um espaço, e nele se colocaram a disposição para, na contra mão dos fatos presentes, restabelecer as verdades que se eternizaram.
Este líder maior foi Jesus, que dispensa comentários. Entre tantos outros podemos citar Henry Ford, Nelson Mandela, Gandhi, Martin Luther King, Zumbi.
A atualidade por motivos desconhecidos, por infinitas vezes distorce muitas coisas. Não basta mais ter as qualidades que te fazem merecedor.
De posse delas, mais sem outros itens como indicação (Q I), referências familiar (filho de quem), recomendação e outros itens, certamente não ocuparas o posto merecido e almejado. A MERITOCRACIA POR SI SÓ NÃO VAI LEVAR NINGUÉM À LUGAR ALGUM
Para comprovar esta e outras afirmações neste sentido. Temos um artigo publicado pelo jornalista britânico James Bloodworth, 33. Que escreveu um livro com o título: "O Mito da Meritocracia".
Neste livro ela fala, entre outras coisas; sobre a "falsa ideia" de que, se você for bom e trabalhar duro, terá sua chance.
"Acabei de escrever sobre a dificuldade que jovens da classe trabalhadora têm em se dar bem em suas profissões.
Na Inglaterra, jovens ricos continuarão pegando os melhores trabalhos, e não só por terem acesso às melhores universidades.
Para Bloodworth, é aí que a meritocracia derrapa. "Duas crianças. Os pais de uma são milionários, os da outra ganham salário mínimo. Elas de cara não terão chances iguais na vida."
Fonte site UOL – Domingo 22 de Maio de 2016 – seção mercado
Com base nestas afirmações e em infinitos casos, a teoria da meritocracia cai por terra.
Vemos grandes e tradicionais empresas falirem. Mais será que nelas os profissionais com postos influentes, de poder de decisão e etc. eram merecedores de fato? Ou com qualidades sim, mais apenas mais uns entre outros tantos que chegaram lá por recomendação, parentesco e etc.?
Os mais antigos se recordam de uma companhia aérea gigantesca chamada PAM AM. A Pan American World Airways, mais conhecida como Pan Am, foi a principal companhia aérea estadunidense da década de 1930 até o seu colapso em 1991 Na época, a maior companhia aérea do mundo.
As empresas aérea nacionais Vasp, Varig e etc.?
As de transporte e Turismo Eroles, CMTC, Samavisa e etc.?
As empresas de automóveis. Boa parte delas se fundindo à outras. Como exemplo. A Fusão da Daimler-Benz com a Chrysler. No dia 7 de maio de 1998, concretizou-se uma das maiores fusões em toda a história da indústria automobilística mundial, entre as montadoras Daimler-Benz e a Chrysler.
Outra fusão de peso. A Autolatina foi uma joint venture formada entre a Ford e a Volkswagen nos mercados brasileiro e argentino, entre 1987 e 1996.
Em 1987 Volkswagen e Ford anunciaram um acordo que formaria um gigante teoricamente imbatível no mercado, a Autolatina. Integrando as fábricas e operações das duas empresas, a ideia era compartilhar os custos e potencializar os pontos fortes de cada uma, em uma experiência tentada também em Portugal com a AutoEuropa. A campanha da nova joint-venture foi deflagrada no dia 1 de julho daquele ano, começando com a comunicação interna das duas empresas,
Nossos Heróis esportivos nacionais no automobilismo. Nelson Piquet e Emerson Fitipaldi.
Seus respectivos filhos e sobrinho não seguiram o mesmo caminho glorioso. Rubens Barrichelo foi mais “glorioso”. No entanto seu pai não foi campeão mundial.
No futebol Zico e Pelé. Seus filhos, não foram famosos como seus pais. No entanto Kaká, Falcão, Cerezo, Reinaldo, Sócrates e etc. se destacaram, mesmo sem terem seus pais neste cenário esportivo.
Hoje (01/02/17) por volta de 05H:40 um repórter do telejornal bom dia São Paulo disse que este mês de fevereiro as pessoas vão trabalhar menos e ganhar mais. Para aqueles que têm a sorte de estar empregado. Está sorte geralmente depõe contra a meritocracia.
Na semana passada. Um vizinho trabalha numa área e querendo evoluir se formou em outra área. Na empresa em que ele trabalha surgiu uma vaga na área em que ele se formou (nível superior). Ele fez os contatos para se transferir. No entanto não permitiram que ele fosse transferido. E depois preencheram a vaga com uma pessoa de fora. Ou seja não deram a oportunidade. E olha que ele trabalha na empresa a mais de uma década. Alguns podem dizer que ele não tinha experiência suficiente para o cargo. Mais por já estar na empresa eles deveriam reconhecer que ele deveria ter uma OPORTUNIDADE. Lembrando que além de ninguém nascer sabendo; não haverá experiência, conhecimento e desenvoltura sem que haja uma oportunidade.
No domingo à tarde, conversando com um colega que admite profissionais por uma citada empresa. O mesmo disse que a maioria deles quando pega um currículo de um profissional com conhecimento e com graduação; eles imediatamente colocam este para segundo plano. Ou seja, preferem alguém com “pouca cultura” pois podem manipular mais facilmente. Isto além de depor contra; reforça a afirmação que falta oportunidade e nada mais.
Acompanhei um processo de recrutamento onde 2 (dois) profissionais se candidataram numa mesma empresa à uma mesma vaga. Um (01) deles com experiência prática, teórica e com anos de registro em carteira. No entanto não tinha indicação. O outro, com pouquíssimo tempo de registro em carteira, pouca formação (tinha o primário incompleto). Mais tinha ido lá recomendado por um funcionário da empresa. Adivinhem quem foi admitido? O que foi indicado. Logo concluímos que deram a OPORTUNIDADE para a MERITOCRACIA ou para a INDICAÇÃO?
Os casos de corrupção seguem a mesma linha. Neles o corruptor “força a oportunidade”; independendo se tem qualidade e conhecimento suficiente.
Andando pelas ruas (por volta das 10H:15) encontrei uma Administradora de Condomínios no centro, que age explicita e objetivamente no Q.I. (Quem Indica). Lá o termo meritocracia é palavrão e te da condenação à prisão e depois ao esquartejamento. Detalhe. Serás esquartejado VIVO.
Já na portaria o porteiro avisa que nela só entra quem for indicado. Chegando no escritório. A pessoa que atende pergunta se alguém indicou. Se diz que não ele pega o currículo e diz que entrará em contato. Agora se foi indicado . . .
Na continuidade, andando por uma rua movimentada; onde viu-se um “recrutador” de uma citada empresa, pegando currículos. Indago o mesmo sobre vagas. O mesmo relata que há vagas. Mais que se indicado eles dão um jeito e “colocam’ o sujeito na vaga.
Os exemplos citados acima enriquecem a afirmação de que no mercado faltam oportunidades. E, que a meritocracia não é assim como pregam. Claro que a qualificação não pode, ou poderia em momento algum, ser deixada de lado.
Que fique bem claro que a verdadeira meritocracia não significa sucesso absoluto. Mais sem oportunidade/crédito, ela fica sufocada e represada em meio a infinitos casos de conveniências e coisas do gênero.
Portanto, contrariando a falácia geral. No mercado, não falta qualificação, mais sim, oportunidades e apostas.
Sem mais.
Atenciosamente
João Batista do Carmo