Meu filho precisa de uma psicóloga?
Muitos pais chegam até mim cheios de dúvidas, não só em relação ao comportamento de seu filho, mas também se eles deveriam estar ali conversando comigo.
A psicoterapia ainda é um mistério para muitas pessoas, poucos entendem os motivos e as implicações do trabalho terapêutico. E quando falamos de crianças, isso pode ficar ainda mais confuso.
Por isso, caso você seja mãe ou pai e esteja se perguntando se seu filho deveria ir a uma psicóloga, esse texto é pra você!
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Um dos principais motivos para a busca de uma psicóloga são as queixas escolares relacionadas à dificuldade de aprendizagem.
Caso seu filho esteja apresentando dificuldades em entender e aplicar o conteúdo visto em sala de aula, esse pode ser um motivo para a psicoterapia.
Para que a criança absorva o que foi aprendido, ela precisa estar bem emocionalmente.
Muitas vezes, conflitos familiares, mesmo que pequenos, podem ser motivo para distração e dificuldades na hora da aula.
Em outros casos, o problema pode não estar em casa, mas na própria escola.
Caso o vínculo com a professora ou com outro profissional da escola não seja positivo e construtivo, isso pode fazer com que a criança desenvolva uma barreira para a aprendizagem. Outro caso importante de se observar é se a criança está sofrendo bullying, o que pode gerar muitas consequências negativas para o desenvolvimento infantil.
QUESTÕES COMPORTAMENTAIS, COMO HIPERATIVIDADE
Outro motivo para a escola solicitar o acompanhamento terapêutico é a mudança de comportamento.
Crianças agressivas, hiperativas, chorosas ou com dificuldade para seguir regras podem precisar de acompanhamento profissional.
As crianças, assim como os adultos, sofrem com as mudanças em seu ambiente familiar e escolar. E, diferente dos adultos, elas não sabem lidar com os sentimentos negativos e essa confusão de emoções pode gerar mudanças bruscas de comportamento.
MUDANÇAS NA FAMÍLIA, COMO DIVÓRCIO OU LUTO
As crianças também estão expostas a mudanças na sua estrutura familiar, seja por escolha dos pais ou não.
É comum pais decidirem se divorciar quando a criança é ainda pequena e isso pode ser uma decisão muito difícil. Nem sempre a criança precisa de acompanhamento nessas horas, mas caso você perceba que ela se sente culpada pela separação ou não consegue entender a nova configuração familiar, pode ser o momento de buscar ajuda.
Outra mudança familiar que pode deixar a criança confusa emocionalmente é a perda de algum parente próximo. Quando isso acontece é importante explicar para a criança o que aconteceu, de forma simples. Mas caso ela não entenda e comece a apresentar comportamentos anormais, como isolamento social, choro compulsivo, irritabilidade, perda de apetite, é importante levá-la a um profissional de psicologia.
MUDANÇA NOS HÁBITOS ALIMENTARES
A maioria as pessoas não sabe, mas os transtornos alimentares também afetam as crianças. Por isso, é muito importante ficar atento a alguns comportamentos, como:
- Medo intenso de aumentar peso;
- Recusa abrupta de alimentos que antes aceitavam ou gostavam;
- Preocupação excessiva com a imagem corporal;
- Insegurança com a maneira como os outros os veem;
- Mudanças de humor com predomínio de irritabilidade;
- Isolamento social.
Caso você note um ou mais desses comportamentos em seu filho, pode ser a hora de buscar ajuda, não só psicológica, mas também de uma nutricionista.
MEDOS IRRACIONAIS
É normal a criança ter alguns medos fantasiosos, como monstros dentro do armário ou debaixo da cama. Mas isso não deve impedi-los de realizar suas tarefas diárias.
Caso seu filho não queira mais ir a determinados lugares, não consiga mais dormir ou realizar certas tarefas por medo, pode ser importante buscar uma opinião profissional.
Hoje em dia, muitas crianças estão expostas a vídeos e jogos com conteúdo violento e que causam pânico. E, considerando que a criança ainda não consiga separar completamente fantasia de realidade, isso pode causar um medo fora do comum para ela, paralisando seu desenvolvimento.
É claro que existem diversos outros motivos para buscar uma psicóloga infantil.Caso seu filho não se encaixe em nenhum desses casos, mas você ainda tem dúvidas se ele precisa de psicoterapia ou não, entre em contato!