Meu Malvado Favorito: O que ELE pode nos ensinar?
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Meu Malvado Favorito: O que ELE pode nos ensinar?

Sempre gostei de considerar filmes para refletir e aprender sobre o Mundo corporativo e sobre minhas experiências. Em especial, os filmes infantis trazem uma série de histórias engraçadinhas, outras tremendamente tocantes, sobre como se comportam os ambientes e as pessoas e um jeitinho sutil de permitir conexões sobre a “moral” por trás de muitas histórias. Além disso, são aprendizados que podemos resgatar por associação: lembrando do filme, você lembra da mensagem principal.

Desta forma, contagiada pelo lançamento nacional do filme Meu Malvado Favorito 3, resolvi compartilhar alguns aprendizados obtidos através desta história, pedindo licença àqueles que ainda não assistiram a nenhum dos filmes da série, já que precisarei compartilhar um pouco da história para contextualizar os respectivos insights (se você ainda não assistiu ao filme e não curte “spoiler”, recomendo que assista e depois retorne, que tal?).

O 1º. filme conta a história de um Vilão desajeitado, cujo nome é Gru, que se esforça para manter uma imagem grosseira, durona e de valores duvidosos e que parece apreciar esta forma de agir. Para implementar mais um dos planos de vilania ele se aproxima de 3 garotinhas órfãs para obter vantagens do relacionamento com elas (e, somente isso). O que ele não contava é que as três, Agnes, Edith e Margô, de maneira natural e gradativa, não se abatem com as caras feias, negativas e outros comportamentos “assustadores” que ele demonstra. Elas simplesmente se aproximam dele e se relacionam, apesar das resistências. Também se permitem perguntar coisas nunca antes questionadas por ninguém, fazendo com que a medida que o filme flui, o Vilão adormeça, mesmo que Ele ainda mantenha um jeitinho de Mau que passa a ser o maior charme do personagem.

Não se tratou de MUDAR, mas sim de DESPERTAR.

Você pode estar agora se perguntando: E o que ELE pode me ensinar? Como sabem, gosto de listar os tópicos para organizar as ideias aqui expostas e também para simplificar a exposição dos pontos de vista. Aqui estão alguns aprendizados:

#1 Nem todo Vilão é de fato Mau. Pare para pensar em uma pessoa com quem convive ou conviveu que faz questão de manter uma carinha fechada, respostas bruscas e até mesmo decisões que despertam tristeza no ambiente ao redor... Você já se permitiu tentar olhar para esta pessoa esperando algo diferente dela? Definitivamente, nosso cérebro se prepara para corresponder às nossas expectativas, logo, se você espera sempre o Mal, você terá mais dificuldade de perceber que potencialmente o seu “Vilão” pode ter algo diferente a oferecer.

# 2 A maneira como você se relaciona com o Vilão pode fortalecer a “maldade” que há dentro dele. Assim como no filme, aproximar-se de um Vilão sem preconceito, pode fazer com que ele também se sinta à vontade para se mostrar de modo diferente para você. É bem provável que ele resista bastante num primeiro momento, afinal, será natural que duvide que seja possível que alguém queira estar com ele, mas com paciência e respeito, quem sabe você descobre que o Mau também é capaz de fazer o Bem?

#3 Todo Vilão também tem uma história, sentimentos e é gente. Há muitos motivos que nos tornam quem somos, muitas razões para as escolhas que fazemos, conscientes ou inconscientes. No momento em que você deixa de enxergar qualquer pessoa sem respeitar sua história, você também pode estar se aproximando da vilania. Não estou dizendo aqui que você deva desconsiderar qualquer risco (afinal há vários graus de maldade presentes no mundo), mas será que você não está rotulando como um vilão incorrigível alguém que é apenas um lindo Gru, desengonçado, sem jeito para fazer o bem muitas vezes, mas com um coração gigante?

# 4 Ninguém é completamente Bom ou Mau, logo, ninguém é sempre e somente capaz de coisas boas ou de maldades. Todos somos Vilões e Mocinhos, dependendo das escolhas que vamos apresentando e das redes que vamos tecendo. Ou seja, por mais dificuldade que você ainda tenha de enxergar com respeito a história de alguém que tem se mostrado ardiloso, segundo o seu ponto de vista, experimente listar pelo menos uma característica boa que esta pessoa possui. A partir dela, busque aproximar-se da humanidade que é sem dúvida, o maior ponto de afinidade que todos possuímos uns com os outros.

Por fim, gostaria de compartilhar que apesar dos aprendizados, já vivenciei situações em que não consegui ter sucesso neste DESPERTAR. Também já vivi outros em que muito provavelmente, representei o Mal para alguém, focada em minha própria história e meus próprios interesses, mas se mantém o desejo de continuar aprendendo e tentando, tanto de estar atenta às minhas maldades para pedir desculpas quando elas tomarem a frente, como de continuar acreditando em buscar o lado “Mocinho” de alguns vilões com quem convivo e ainda posso vir a conviver. O que posso garantir é que os maiores “Grus” que encontrei na Vida acabaram se tornando as pessoas com quem mais aprendi e algumas delas, continuaram se mantendo em minha Vida mesmo depois que os caminhos se tornaram diferentes. Ou seja, valeu a pena. Quem sabe não pode ser o mesmo com você? Que tal convidá-lo para assistirem juntos ao novo filme?

Até a próxima.

PS 1. Fique à vontade para sugerir temas e compartilhar as ideias despertadas a partir desta leitura. Será um prazer conhecer sua história e experiência. J

PS 2. Se gostou, compartilhe. Pode ter um Gru esperando por você!


Interessante como no primeiro olhar percebemos alguns "Gru". E o quão bom é permitir-se descobrir que o "Gru" nem sempre é tão malvado assim. Uma contribuição é sugestão de filme: Moana.

Alfredo Baganha Teixeira

System Engineering, integration and testing - at CEiiA.

7 a

Não tenho malvados favoritos! Isso denota hipocrisia!

Moisés Rodrigues .`.

Maestro / Pianista / Cantor Lírico / Professor de Música

7 a

Parabéns pelo belo texto....

Marcia Michele Braga

Compras | Sourcing | Planejamento de Materiais | Cadeia de Suprimentos

7 a

muito bom Delia ! fico feliz em me identificar com você, que admiro muito! além de apenas diversão e companhia pro meu filho, sim também busco enxergar uma moral da história nos filmes infantis , afinal estão construindo os adultos do futuro , e quem disse que somos totalmente adultos ne ? os nossos olhos tendem a enxergar somente o que queremos ver, mas realmente quando experimentei ver além da superfície foi como a minha versão "matrix" de descoberta sobre alguém ... entrei na terceira dimensão, um mundo desconhecido mas surpreendente do outro lado da pessoa !! obrigada pelo artigo , amei a leitura !!! btw acabei de assistir o filme 😉

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