Meus Heróis Morreram de Ostentação

Meus Heróis Morreram de Ostentação

Meus Heróis Morreram de Ostentação

Já dizia a canção de Cazuza: "Meus heróis morreram de overdose". Mas hoje, numa era dominada por stories, reels e selfies, essa frase ganhou um tom mais atual: meus heróis morreram de ostentação. Eles não caíram pelo excesso de substâncias químicas, mas sim pelo deslumbre com substâncias materiais. E é sobre isso que precisamos conversar.

O Começo da Jornada: O Poder do Cérebro

Eles começaram como exemplos genuínos. Eram os gladiadores da criatividade, mestres da superação, os estrategistas do impossível. Formadores de opinião, executivos visionários, empreendedores ousados e influenciadores autênticos que nos inspiravam com inteligência, carisma e inovação. Era fascinante ver alguém que, com uma boa ideia, um pouco de coragem e muito trabalho, criava algo verdadeiramente transformador.

Eles não precisavam de holofotes. Bastava um palco feito de suas realizações para conquistar seguidores, investidores ou admiradores. Esses eram os heróis que lideravam com propósito, empatia e, acima de tudo, autenticidade.

A Queda pelo Brilho do Ouro

Mas, então, algo aconteceu. O brilho do ouro e o ronco dos motores importados começaram a falar mais alto que o propósito. E, como na tragédia de Ícaro, nossos heróis voaram tão perto do sol da ostentação que acabaram queimados por ele.

De repente, aquele CEO que um dia defendia o valor da simplicidade virou o rei dos relógios suíços. O influenciador que nos ensinava a transformar dificuldades em oportunidades passou a ostentar jatinhos e mansões. Até o empreendedor que pregava que "menos é mais" agora coleciona carros que não tem tempo de dirigir e compartilha fotos de resorts que ninguém pode pagar.

O Instagram Venceu o Propósito

A lógica é simples: na sociedade da performance, parecer muitas vezes vale mais do que ser. E nessa busca desenfreada por validação social, os antigos valores vão ficando para trás. A inteligência dá lugar ao luxo, a autenticidade se perde no filtro Valencia, e o legado que poderiam construir é ofuscado pelas curtidas no último post.

O problema não é ter sucesso ou usufruir dos frutos do próprio trabalho — isso é legítimo e até inspirador. O problema é quando a exibição toma o lugar da essência. Quando o propósito vira pano de fundo e a ostentação se torna o espetáculo principal.

De Heróis a Meros Personagens

O efeito colateral disso é que, aos poucos, nossos heróis deixam de ser referências reais para se tornarem personagens superficiais. O que um dia foi admiração se transforma em indiferença. Afinal, quem se conecta com alguém que parece mais preocupado em exibir um lifestyle inalcançável do que em compartilhar algo significativo?

Eles não só perdem a conexão com o público, mas também consigo mesmos. A máscara da ostentação é pesada, e poucos conseguem sustentá-la por muito tempo sem se perder no processo.

Resgatando os Heróis que Importam

O que precisamos, agora, é de novos heróis — ou, quem sabe, de um resgate daqueles que ainda estão por aí, mas se esqueceram do porquê começaram. Heróis que lembrem que o que nos inspira não é a ostentação, mas a história. Que o verdadeiro luxo é ter propósito. Que a maior riqueza é criar impacto, e que o maior aplauso é o respeito.

Por isso, se você está trilhando seu caminho, faça um favor a si mesmo e a quem te admira: não troque sua autenticidade por um feed bonito. Sucesso é ótimo, mas ele nunca será mais valioso do que o legado que você deixa.

E lembre-se: os melhores heróis são aqueles que morrem, mas de inspiração — nunca de ostentação.


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Cassio Santos Avila Ribeiro

Credit Specialist at LOARA - Especializada em Crédito para Empresas

1 sem

Concordo

Nima Kaz

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2 sem

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