Minha casa, minhas regras

Minha casa, minhas regras

Em meu último artigo, expliquei como funcionam as Smart Homes e as implicações para que esses sistemas se comuniquem e funcionem de forma integrada – O poder na palma da sua mão . Nesse post foi possível entendermos os benefícios que o investimento proporciona aos usuários, e, em um mundo evolutivo, notamos que toda tecnologia gera tecnologia, porém existe um gap nessa evolução toda. Apesar do sistema funcionar bem, existe uma necessidade de se ter um usuário, um Controlador, que será a pessoa que passará os comandos/programações para que todo o sistema funcione. Será que essa dependência permite que as Smart Homes a sejam tão “Smart” ?

Mas e se não parássemos apenas no conceito de Casa Inteligente que existe hoje? Não só a tecnologia da pura automação e IoT por si só, mas sim uma verdadeira SMART Home? Qual seria o próximo passo? Por que não deixar estes sistemas realmente INTELIGENTES? Seria possível automatizar esse papel do Controlador? Talvez, um sistema que integre Home Automation, Internet of Things e Artificial Intelligence (inteligência baseada na ideia de fazer com que os computadores possam "pensar" exatamente como os humanos, criando análises, raciocinando, compreendendo e obtendo respostas para diferentes situações)?


Computador HAL 9000 do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço

Já é possível vermos assistentes virtuais em nossos celulares, como a Siri nos aparelhos da Apple, trazendo sugestões de lugares para conhecermos. Agora vamos imaginar que a Siri saiba que eu gosto de comida tailandesa, e que quando o GPS do celular informasse que eu estou perto de um bom restaurante tailandês, a Siri me mandasse uma mensagem sugerindo o local. Isso seria possível apenas cruzando informações da minha localização física e minha afeição pela culinária.

Agora vamos imaginar o universo de coisas de que uma casa pode ter conhecimento: ela pode saber quem mora ou está na casa; o que eles estão fazendo, ou até mesmo acompanhar as ações de qualquer dispositivo de automação que esteja conectado a casa. As informações de diversos cômodos da casa e de seus objetos são consolidadas, cruzadas e analisadas permitindo prever inúmeros cenários. Como por exemplo, se uma casa já possui um sistema de irrigação de plantas conectado à rede, e a IA – Inteligência Artificial – pudesse consultar as previsões do tempo, para os dias com chuva naquela localização da casa o sistema de irrigação não iria ligar. Uma função relativamente simples, mas com um valor agregado alto, gerando uma economia de água para o usuário.

Mas as utilizações desta inteligência são limitadas apenas pela nossa imaginação. Os convido a imaginar como seria viver um dia dentro desta casa, gerenciada por uma IA, tomando decisões por você.

Seu alarme dispara e você acorda de manhã. Antes de entrar no banheiro, você quer descobrir a música que está na sua cabeça e esta música já está na lista sugerida do Discover Weekly list no Spotify. Mas o realmente interessante, não é achar a música. É o fato de você não ter precisado definir o alarme na noite anterior - isso porque existe algum nível de inteligência na nuvem que está cuidando de você e da sua agenda e está tentando simplificar sua vida. A IA sabe que hoje você tem uma aula de spinning porque verificou suas metas de treino, e que colocou no seu calendário. O sistema foi inteligente o suficiente para calcular o tempo de viagem e definir o alarme de forma adequada.

Quando você chega a cozinha, o café acabou de ser preparado. Seu iogurte e granola estão prontos nas proporções exatas que você deseja dentro da geladeira. A geladeira sabia no início da semana que você estava com pouca comida de café da manhã e fez um pedido on-line.

Você está com pressa, então sai pela porta e vai para a academia. Não teve tempo para trancar a porta/ligar o alarme. Você não pensou em desligar a música ou as luzes, ou até mesmo desligar o ar condicionado. Você não se esqueceu de fazer todas essas coisas. Você simplesmente não precisou pensar nelas, porque a casa sabe que você foi embora. Ele sabe trancar a porta atrás de você, desligar a cafeteira, puxar as persianas, desligar o ar, a música e as luzes.

Além das compras do café da manhã, o sistema reconheceu que faltam alguns produtos de limpeza e higiene, e também faz os pedidos online. Quando chegar, as câmeras na sua porta da frente reconhecerão o caminhão da transportadora confirma que há um a entrega para você. A porta da frente abre. Uma foto do entregador é tirada e uma voz gentil nos alto-falantes, pede para que ele coloque os pacotes dentro da casa. As câmeras o vigiarão do começo ao fim, e a porta se fechará atrás dele quando ele sair. 


Me conte um pouco sobre qual é a sua percepção sobre este assunto e até aonde você acha que essa tecnologia poderá nos levar. Você a usaria, deixando o controle da sua casa na confiança de um computador? 


Jorge Fornari Gomes

JF Educação e Desenvolvimento

6 a

Cada dia melhor!

Gustavo Riccioppo

CEO & Founder - GPoweR - World-e and TecNeo / CTO NEOX / The Chinese University of Hong Kong - MBA, China Business / TEDx Speaker / Manager / Account Manager

6 a

Excelente o seu texto. Em nossa linha de produtos que vamos lançar em set/out conseguimos fazer diversos cenários que vc descreveu.

Deixaremos de ser resilientes e nos tornaremos mais e mais dependentes das tecnologias. Gerações cada vez mais burras e mais presas aos reais controladores, Googles da vida.

Acho que esse é até um futuro próximo... pelo menos a parte de permitir que as entregas sejam feitas sem vc estar em casa já é possível com a Amazon key por exemplo: https://m.youtube.com/watch?v=wn7DBdaUNLA

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