Moda, cabelo e bigode!
Há dezoito anos quando criamos uma agência de publicidade 100% focada em moda, não foi pelo corpo escultural das sócias, mas por um estudo de comportamento que nos levou a uma conclusão: vivemos o milênio da auto-estima.
Diversos indícios levaram para este caminho: o fim da concepção de verdade levando a valorização do pensamento individual, a necessidade do voluntariado (dado a insuficiente atuação dos governos), todas as questões da sociedade liquida, os gadgets individualizantes e mais um monte de coisas que vão exceder os 2.400 caracteres permitidos.
Resumindo, apostamos em moda por ser a parte externa da auto-estima. Dezoito anos depois vemos que acertamos, pois a moda se tornou uma linguagem. É só ver a Giselle vendendo TV por assinatura, a Alessandra Ambrósio vendendo cozinhas, a Carrie Bradshaw ( sim porque a Sarah J. Parker virou fashion por causa do personagem ) vendendo shopping e tantos outros exemplos.
Virou moda fazer moda. E uma avalanche de fontes de referências copiadas sem o menor dó nem piedade ( esquecendo que usar a estética de outro para sua marca é provar que a sua não vale nada ) levou a uma grande confusão na cabeça do consumidor que consome revistas com editorias diferentes e anúncios iguais.
Ou seja, moda virou linguagem e por isso incorporou-se ao hall das exigências mínimas dos produtos. Moda enquanto diferencial de produto passa pelo mesmo processo que a qualidade passou há algum tempo. Ninguém vende produto dizendo que o seu tem qualidade. Qualidade é o mínimo exigido para estar no mercado.
Da mesma forma dizer que somos moda não é mais diferencial. Não importa o que vendemos de vaso sanitário a sapato, tudo tem de ter linguagem de moda. Então pra onde vamos? Qual o novo merengue do bolo que já tem qualidade e moda como camadas?
Novamente estudando comportamento chegamos a uma conclusão: a moda cumpriu o ciclo externo da auto-estima e agora iniciamos o ciclo interno. Nossa aposta é uma tendência que chamamos de Mais vida e movimento. Ligada a tudo que faz com que a minha vida seja melhor, mais intensa e feliz. E movimento é o esporte não como atividade, mas como algo que faz parte da vida. O New Busy já aponta para este sentido.
Ou seja, fashionistas de plantão, literalmente MEXAM-SE!
E só pra terminar uma ótima: eu estava dando numa palestra na Universidade Santa Marcelina em SP e uma menina resumiu bem o sentimento de quem realmente faz moda nos dias de hoje: ela disse que teve um ataque quando viu uma placa num salão de beleza: fulana de tal – manicure – mestre Reike – personal stylist. Ou seja, moda, cabelo e bigode!
Gerente Geral de Loja BESNI
9 a👏🏾👏🏾 muito coerente o texto, parabéns !!!!