MODELO MENTAL DE RH: uma reflexão sobre a era digital!
Tenho tido muitas inquietações atualmente. E uma frase não me sai da cabeça: “o mundo é movido pelas perguntas, e não pelas respostas”... Portanto, a inquietação aumenta!
Afinal, o trabalho de um coach circula exatamente sobre esse evento: o de fazer perguntas inquietantes J. Talvez eu esteja fazendo muito “auto-coaching”.
SIM! É isso mesmo... Muitas vezes estamos com nossos diálogos internos, tentando buscar soluções e respostas, mas com perguntas mal construídas.
Ao me dar conta disso, me propus dar um passo atrás.
O atual cenário de negócios na América Latina vive um momento de instabilidade e muita transformação, que nos desafia a repensar modelos. Mais que isso, rever a nossa capacidade de equalizar resultados concretos com os tais “intangíveis” de que tanto tratei na minha carreira de RH.
Como líder, muitas vezes me pus a queimar neurônios pensando em como tangibilizar o valor agregado do meu trabalho para a organização. Foram anos entrando em labirintos, encontrando barreiras orçamentárias, lutando por soluções tecnológicas que calculassem e dimensionassem o impacto do trabalho de meu time na produtividade da companhia.
Neste contexto, e naquela era, sempre me deparei com questões relacionadas à dificuldade do grupo executivo em enxergar a minha área como fundamental para uma cultura vencedora. A manutenção dos fatores essenciais da cultura é o que possibilita à equipe – e a cada colaborador – condições para sustentar a perenidade da marca, o relacionamento com os clientes e a presença no mercado.
Se isso, para mim, sempre foi uma questão emergente, então por que para os demais não parecia ser?!
Tenho lido as pesquisas atualmente, que demonstram as tendências de RH e parece que finalmente minhas inquietações de 10 anos atrás começam a ser parte de nossas conversas cotidianas. Sejam as inquietações como área funcional, sejam elas como líder, os caminhos são convergentes.
Por mais que pareça fundamental construir e manter um time de liderança nesses novos moldes, o desafio maior a meu ver (hoje) tem mais a ver com a transformação do modelo mental.
Anos tão duros como esses que vivemos, com crises políticas, econômicas e éticas, têm me certificado que a habilidade para sobreviver atualmente se sustenta mais e mais na capacidade de resiliência e na criatividade. No contraponto, as escolas de negócio brasileiras falam cada vez mais em métricas e ferramentais, enquanto que os estudos internacionais – como a Deloitte nos mostra – provocam a reflexão para modelos organizacionais disruptivos e uma nova maneira de se relacionar no habitat organizacional.
Uma era tecnológica em um ambiente cada vez mais personalizado e veloz.
Nesse contexto global, torna-se cada vez mais estratégico pensar na necessidade de sermos adaptáveis e rápidos na reconfiguração do design organizacional e no aprendizado de novas capabilities.
Minhas perguntas agora giram em torno de:
Como um gestor de pessoas pode aprender a ser líder de projetos nesse novo contexto social, conseguindo das pessoas a mesma dinâmica?
Como sensibilizar o mercado, e principalmente os profissionais de RH, para esta nova era que estamos começando a vivenciar?
Fato é que apoiar-se nas competências organizacionais já não supre mais a necessidade da criação e direcionamento de um assertivo pipeline de líderes e talentos. Tampouco é fácil ofertar à companhia apoio adequado para tomar decisões sobre Pessoas versus Negócios. MAS JÁ É POSSÍVEL.
Convido vocês então a começar a construir suas perguntas inquietantes e trilhar essa estrada de novas descobertas.
Psicólogo
7 aMuito bom Flávia. A demanda por novos aprendizados está cada vez mais dinâmica e exigente e é muito importante essa reflexão dos profissionais de RH sobre como agregar valor nessa era tecnológica. Adorei e obrigado por compartilhar! Abraço.
Founder & Managing Partner | Headhunter | HR Strategist | Board Member
7 aFlavia Takayama parabéns pelo artigo, seja pela profundidade, pela reflexão e por ser direto ao ponto. Hoje mudar não é mais uma opção, a escolha do momento de mudar sim, mas interiormente, pois no mundo lá fora as mudanças não param um minuto de acontecer. As escolhas e as consequências do não mudar também são nossas. Abs
🍊 People Development | DHO | Universidade Corporativa | Cultura | Employee Experience | Clima Organizacional | Employer Branding 🍊
7 aFlavia, excelente artigo, parabéns. Concordo com as suas colocações, nosso desafio diário é estarmos atentos as perguntas certas e desafiantes em busca das respostas que irão nos colocar em movimento, uma vez que vivemos em uma realidade que está em constante mudança e, adaptar-se a ela, é sempre um grande desafio. Obrigada por compartilhar sua reflexão.
Founder & Thinking Partner en VON DER HEIDE #HRinfluencersLatAm
7 aFlavia Takayama Excelente artículo que refleja la visión del coach y los dilemas del gestor de HR. Sin dudas, las exigencias para todos de ahora en adelante. Gracias por compartir estas ideas!