A MODERNA(?) GESTÃO ÁGIL
O Modelo Ágil de gestão vem cada vez mais dominando as organizações, de grandes industrias, passando pelo varejo e até as religiosas mundo afora. Em publicação de Jul/2018, a consultoria McKinsey informando que 37% das empresas está conduzindo esforços em direção a transformação Ágil e 4% delas já operam completamente nesse novo modelo.
Diante desse cenário, o papel do gerente tradicional também passa por mudanças. Novas formas de gerenciamento surgem a cabo do modelo de agilidade. Suportados pelo Coach Ágil (do inglês “condutor”), papeis como o Líder de Sessão, o Líder de Tribo e o Líder de Squad (Pelotão em inglês), tornam-se figuras cada vez mais comuns nos organogramas dessas novas organizações.
Líder de Sessão (Chapter)
Atua como um gestor de pessoas, não está preocupado com as atividades do dia-a-dia e a respectivo desempenho, mas mais voltado ao desenvolvimento das competências, através da observação e feedback dos Líderes de Squad.
Líder de Squad
Não tem um papel formal de “chefe”, mas busca, pela liderança informal, orquestrar o trabalho, garantindo que os processos sejam seguidos e os objetivos atingidos.
Líder de Tribo
Foco no resultado, os objetivos de negócio, apoiando-se no Líder de Sessão e nos Líderes de Squad para garantir performance e alinhamento de forma a atingir as metas.
Apesar de apresentar-se como a vanguarda na moderna administração, alguns aspectos me lembram estruturas que já conheci. O papel de Líder de Sessão, a meu ver, assemelha-se muito ao Líder de Pessoas (People Care), preocupado com as tarefas administrativas como alocação de recursos, controle de férias, absenteísmo, admissão, demissão etc. Já o Líder de Squad, lembra o Líder informal do time, geralmente os recursos mais experientes e com traços fortes de liderança, que atuava como um líder técnico, arquitetando as soluções. Líder de Tribo traz semelhanças ao líder funcional, que almeja atingir as metas da área de negócios, em alinhamento aos direcionamentos da organização.
O mundo está mudando de forma rápida e as organizações buscam se adequar a esses novos tempos, mas cabe refletir se esse esforço está trazendo os benefícios esperados. Cabe ao CEO decidir se correrá o risco de apresentar um produto parcialmente acabado a um potencial cliente apenas para se antecipar ao seu concorrente, ou algo que agregue valor e experiencias reais não seria um melhor investimento.
Quanto aos modelos de gestão, parece-me que o investimento em pessoas, suas competências e habilidades, vem se mostrando eficaz desde os primórdios. Afinal, o resultado visa atender pessoas, os clientes.
Conselheiro
5 aExcelente materia