MORAL E ESTILO DE VIDA NA CRISE DA CONTEMPORANEIDADE
O questionamento sobre a ética aparenta ser constante na sociedade. Com ou sem crise. Com mudança ou não de valores e paradigmas. O discurso da eficácia corporativa e suas metas, tão elogiados no início do século, hoje é duramente condenado. Problemas econômicos e ambientais sugerem o retorno aos valores baseados no respeito e na cooperação.
A moral para Nietzsche é uma invenção dos fracos, que inverteram o sentido de bom e virtuoso para favorecer o acético, o que nega o corpo em favor da alma, e que portanto nega a vida. Nietzsche é favorável aos homens guerreiros, fortes, que com apenas uma inflexão afastam de si todas as culpas anteriores e toda a mesquinhez moral.
Nietzsche negava qualquer fundamentação metafísica da moral. A moral é uma criação humana, imposta pelo "Dragão dos valores", aquele que diz "Tu deves" quando o indivíduo diz "Eu quero".
Maquiavel também aplaudiria a moral existente na contemporaneidade corporativa, onde o aumento da vontade de potência dos detentores do poder persuadiam os aplausos dos submissos e os fazem conduzir suas vidas iludidas por esta "vantajosa" moral adestradora.
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4 a👏👏👏 Estava inspirado hein Allan. Reflexões interessantes
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9 a...Quem nunca riu de seus mestres e de si mesmo, não deve ser levado em consideração... mede-se o grau de inteligência de um ser humano, pelo seu humor...
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9 aNegação do livre-arbítrio: A ilusão da separação entre o possível e o necessário é um artigo de fé que impregnou nossa filosofia. Para Espinosa, somente os ignorantes acreditam no livre-arbítrio, exatamente porque ignoram as causas do seu querer. Tudo no mundo é necessário, não há distância entre o dever-ser e mim, portanto, entender claramente o que é necessário é o caminho para a liberdade: liberdade da necessidade. O medo, a insegurança, nos levam à impotência e à superstição, quanto mais imagino uma livre-arbítrio para escolher, mais me escravizo. A verdadeira liberdade é a proximidade máxima de mim mesmo com a potência, com minha capacidade de acontecer, o conhecimento da necessidade da potência de se efetuar. O livre-arbítrio foi usado desde sempre – por padres e juízes – para condenar o homem. Culpar o homem por aquilo que se é! Mas quem pode nos julgar? “Nós negamos Deus, nós negamos a responsabilidade em Deus: apenas assim redimimos o mundo” (Nietzsche). Só aquele que acha que poderia ter sido diferente perde seu tempo pensando sobre o livre-arbítrio.
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9 aO caminho e o equívoco ocidental #👍 ...Com Sócrates, a existência perdeu seu significado trágico, o mesmo é responsabilizado por Nietzsche por inserir no ocidente a consciência teórica capaz de corrigir a própria existência, fazendo do conhecimento a força de uma medicina universal, que levou o ser humano a uma purificação de um mundo aparente e não mais justificável enquanto fenômeno estético... A partir desse único ponto julgou Sócrates que devia corrigir a existência: ele, só ele, entra com ar de menosprezo e de superioridade, como precursor de uma cultura, arte e moral totalmente distintas, em um mundo tal que seria por nós considerado a maior felicidade... O problema de Sócrates: [...] a razão como idiossincrasia dos filósofos, a falta de sentido histórico, a crença nos conceitos eternos e absolutos; a dualidade metafísica mundo aparente / mundo verdadeiro; a moralidade como inimiga da vida, do crescimento de potência; a crença no princípio de causalidade; e a crença de que a domesticação (Zähmung) do homem, ou seja, o enfraquecimento de seus impulsos, promove sua elevação (Erhöhung), seu melhoramento... (Verbesserung) (2008, p. 310). Todos esses sintomas nasceram e se desenvolveram como juízos de valor acerca da vida...
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9 aAs pessoas que fogem da solidão fogem da solidão! Simples assim, ou melhor, isso é muito difícil. Encarar o vazio, o deserto. E as pessoas ESTAMOS sempre buscando companhia, buscando saber a opinião do outro. Até mesmo expiências do "CONHECER A SI MESMO", temos necessidade de mostrar, compartilhar... Ah, tá, mas é porque precisamos voltar para o grupo... A solidão associada ao silêncio remete ao túmulo (Que silêncio sepulcral!!!????), à morte. O silêncio e a solidão são alimentos. Ficamos plenos de nós mesmos - refiro-me ao self, não selfie; SELF, uma dimensão do nosso ser mais elevada, mais abrangente, mais plena. Chegar a esse EU mais pleno requer ultrapassar nossos pequenos eus. Há muitos exemplos de pessoas que experimentaram a solidão e o silêncio. Pensei agora que talvez devesse não responder, ficar em silêncio (não comentar)...