Motivos Para Celebrar a Solidão

Motivos Para Celebrar a Solidão

Podemos peremptoriamente afirmar, que, não existe cura para a ilusão; por outro lado, também podemos afirmar, que, a solidão pode ser curada, através do contato com a realidade, assim como todos os filhotes, tal como a depressão e afins; pois, todo esse processo, ocorre somente com a queda das ilusões.

Ou seja, o reconhecimento das ilusões, se revela somente por meio da realidade que se apresenta a cada instante, trazendo milhões de informações, conhecimento e sabedoria acoplada à verdade instantânea, sem as vestimentas e as máscaras sociais, confeccionadas por conceitos e crenças limitantes.

Esse momento, pode revelar-se através de um profundo silêncio repousado, desprovido do ruído humano. Ou seja, é um processo de interiorização, aonde você se torna a companhia mais importante de toda sua existência; tornando-se aquele ser, que traz todas as respostas, às questões levantadas pelas dúvidas, medos e incertezas suscitadas pelo ego.

Assim como o momento presente; esse processo também é mágico, pois ele se revela por meio do sentimento, que se projeta como energia manifestada através da palavra, após ser vaticinada pelos pensamentos; tendo as emoções, como poderosos propulsores.

Contudo, se não reconhecermos e identificarmos os nossos sentimentos, pausando os pensamentos, para ouvir seus suaves sussurros emitidos por nosso mestre maior, que vem a ser o coração; jamais compreendemos as emoções como filhas, que devem ser acolhidas, e, consideradas como entes necessitadas de educação.

Desta forma, continuaremos a nos confundir; decidindo que, solidão, se define por encontrar-se só; transformando a ilusão numa realidade virtual. Portanto, o X da questão, se resume unicamente no reconhecimento das próprias energias; para, enfim, ser possível identificar as energias que nos circundam.

Finalmente, percebendo a extensão do nosso campo energético, em intercessão com numerosos campos de força adjacentes, configurando uma massa de energia, que, inevitavelmente, se transforma numa poderosa egrégora.

Evidentemente, que, uma vez identificada as energias configurante dessa gigantesca bolha de pensamentos coletivo, podemos decidir por vibrar na mesma frequência, ou modificar o start da realidade representada por tal egrégora.

Dessa forma, vivemos numa realidade projetada pelo passado, enquanto buscamos por um futuro que se repete ad eterno, movimentando a roda de hamster dos Tempos Modernos. Portanto, presos a essa ilusão, que manifesta uma realidade holográfica, que projeta o passado no futuro, transformando esse momento presente; no qual nos portamos como personagens; em ficção.

Consequentemente, vivemos a distopia de uma história manipulada, cumprindo os papéis sociais, subalternizado á Casagrande, que nos utiliza como geradores de energia, mantenedora do Grande Irmão.

Contudo, temos orgulho de ser partícipes desse jogo voraz, aonde a feroz competição entre pares, incrementam o tempero desse banquete macrófago. Assim sendo, podemos inferir, que, é na solidão que encontramos o alimento que nutrem as almas, que não aceitaram o convite para cear no referido banquete. Tais almas, vestem o mágico manto do silêncio, que sobrepuja o vampírico pensamento egocentrado.

Deste modo, compreendendo a incompletude do universo interior, e o seu não-manifesto; abarcaremos o universo exterior manifesto, derrubando as paredes da ilusão, que, com seu véu, envolve e embaça a realidade e suas dimensões; e, finalmente, deixaremos de ver em parte, e veremos os fatos face a face, transformando a Esfinge, num gatinho de estimação, para juntos, celebrarmos a eternidade de cada instante.

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