As Mudanças nos seguros pós-pandemia, tendências 2022.
O ano de 2022 antevê-se como mais um ano repleto de oportunidades e desafios para o sector Segurador, para o qual contribui a crise pandémica e consequente impacto na economia, a transformação digital e a pressão regulatória, num contexto onde a necessidade contínua de potenciar a experiência dos seus clientes é central.
As alterações climáticas, tangibilizadas em eventos extremos cada vez mais frequentes e severos (inundações, tempestades, incêndios, terramotos e erupções vulcânicas), afiguram-se como um risco cada vez mais impactante para o sector e empresas em geral, pela destruição de propriedade e interrupções de negócio. Todos temos bem presentes as inundações ocorridas na Alemanha e Bélgica em Julho passado, onde mais de 200 pessoas perderam a vida e o custo de reconstrução das zonas afetadas estimou-se superior a 30 mil milhões de euros. Riscos cibernéticos, ambiente de taxas de juro, atração e retenção de talento são outros desafios que estão no topo da agenda dos líderes do sector.
Apesar dos desafios, o sector segurador enfrenta 2022 bem preparado. A crise pandémica teve um impacto mínimo na capitalização das Seguradoras, para o qual contribuiu certamente as recomendações feitas pelo supervisor de seguros português ASF e europeu EIOPA. O sector segurador irá continuar com forte ligação ao seu propósito, procurando impulsionar o seu crescimento com foco na transformação digital, e no centro das estratégias de longo prazo estarão fatores de sustentabilidade, fortalecendo a marca e otimizando os requisitos de capital.
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Antecipo que o sector continuará a crescer, especialmente nos ramos de negócio, Vida, Saúde e Incêndio (multirriscos). A pandemia incorporou distintos desafios na sociedade, no entanto, perguntas como: estou protegido e tenho a família protegida em caso de risco de vida ou saúde? tenho o seguro certo para proteger a minha habitação (com o teletrabalho ganhou uma nova dimensão)?; passaram a estar na consciência individual e coletiva, sendo geradores de uma enorme oportunidade comercial. Este facto associado à transformação digital em curso, onde o investimento em tecnologia e competências e capacidades humanas continuará a ser forte, indica que a experiência de cliente será uma prioridade. As plataformas digitais vão potenciar o aparecimento de novos modelos de negócio, produtos, serviços e abordagens focadas em captar a oportunidade comercial gerada pela pandemia. Com o digital há uma tendência de interesse crescente por seguros de nicho e os produtos associados ao estilo de vida tendem a assumir total personalização pelos seus clientes, bem como a incorporarem o conceito “pay-per-use”. Por outro lado, será através deste canal que o envolvimento de clientes com a marca será massificado, no entanto, continuará a ser o canal tradicional o responsável pelo aconselhamento e fidelização do cliente, a experiencia “fisital” continuará indubitavelmente a ganhar dimensão.
O valor da confiança dos clientes, a qualidade e custo-benefício dos serviços prestados e a constante inovação, em linha com as necessidades e expectativas dos clientes irão continuar a moldar o sector, com novos modelos de negócio e novas parcerias.
O sector segurador enfrenta mais um novo ano com o mundo em profunda mudança, mas estou certo que esta será uma oportunidade profícua de recomeço e renovação.
Reformado aos 55 | Autor de Livros | Consultor e Formador | Ex - Líder Comercial e Auditor Interno
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CEO @MPS
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Enterprise Sales Director Portugal, Mediterranean Region and Eastern Europe
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Country Manager
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