Muito além do período eleitoral.
A política está em tudo!
Quem nunca ouviu que política é um dos assuntos que não se deve discutir? Também é comum escutar por aí que as opiniões devem ser respeitadas.
Acontece que às vezes “respeitar” a opinião política de alguém é ignorar que tal projeto defendido vai contra a vida de um ou mais grupos.
Imagine se ninguém tivesse questionado ou discutido as problemáticas de alguns regimes como o que originou o holocausto e a escravidão? Imagine se esses grupos oprimidos simplesmente acreditassem que nada poderia ser feito?
Há momentos em que a situação está tão crítica que passa pela nossa cabeça que nada pode ser mudado ou que algumas situações são inerentes ao ser humano o famoso “nascemos assim”.
Mas, na verdade, não!
A fome, a desigualdade, o racismo, machismo e todas as opressões, são fruto de um projeto político, que perpetua tudo isso para que ele possa continuar existindo. Logo, não é exclusividade de um ou de outro candidato e muito menos algo que carregamos desde sempre enquanto seres humanos.
Tudo (ou nada) de novo.
Neste processo eleitoral, é imprescindível ficarmos atentos aos políticos que se disfarçam com uma nova roupagem, mas, na verdade, estão apresentando velhos interesses: os dos bilionários, a famosa burguesia.
Uma boa base é inicialmente ver de qual partido esse candidato está saindo, se for um verdadeiro esgoto já podemos descartá-lo como opção.
Ele pode mudar o tom de voz, fazer um penteado mais bonito, ir à feira comer pastel, abraçar alguém da periferia, mas a gente sabe muito bem do seu histórico, e se não sabe, é só pesquisar.
Se já tiver passagem pela política:
📌Quais projetos esse candidato já apresentou?
📌Em quais projetos esse candidato já votou?
📌Com quem ele já fez aliança?
E por aí vai…
E se não houver passagem enquanto candidato, é só pegar o histórico do partido a qual ele é filiado.
Além disso, a ação é o critério da verdade! O tal candidato ou partido que se diz a favor do povo, já fez algo pelo mesmo?
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Um olhar para o todo.
É perceptível o sintoma individualista que tem dominado a sociedade brasileira nos últimos tempos. As pessoas fazem suas escolhas por simples aspectos individuais, esquecendo que o país funciona quase que como uma locomotiva e grande parte da população é pertencente a classe trabalhadora.
Para que possamos votar com o mínimo de consciência é importante entender de onde estamos partindo. Ou seja, o seu voto precisa representar a sua classe social e isso não tem a ver com o quanto você ganha, mas o que você representa nessa estrutura capitalista.
A menos que você seja um burguês, dono de indústrias e dos meios de produção, preciso te contar um segredo: você é classe trabalhadora.
Logo, precisa votar como tal.
Pois, mesmo tendo construído uma carreira e tendo uma remuneração acima da média brasileira, você ainda é afetado pelas políticas públicas de melhorias na sociedade, ou pela ausência delas, né?
A COVID-19 é um exemplo clássico de como um projeto politico que visa o genocídio deliberado expõe que nem mesmo grupos fora das minorias estão seguros diante de certas políticas.
Afinal, não foram apenas pobres, mulheres, pretos e pessoas LGBTQIAP+ que morreram de covid. Você deve ter algum conhecido cheio de saúde, que se internou num dos melhores hospitais, mas que não conseguiu sobreviver à pandemia.
Pois é, imagina se tivéssemos uma vacina desde quando ela estava disponível? Quantas vidas poderiam ter sido preservadas.
Outro fato muito importante, é a onda de violência a qual estamos enfrentando. A extrema direita tem se mostrado muito mais e perdido a vergonha de dizer o que realmente pensa. Isso porque temos no congresso nacional uma figura que legitima todos os dias esse discurso.
Ah, aposto que o preço dos alimentos tem te afetado também, certo? Ou o da gasolina…
Enfim, são fatores sociais que afetam as nossas vidas e que não podem ser vistos apenas como algo momentâneo, não é sobre mim ou sobre você, é sobre todos nós.
Por fim, o mais importante é termos noção que o período eleitoral é apenas uma parte do todo. É fundamental que nossa atuação política permaneça e continue ativa não apenas diante das eleições, mas em todo o momento. Mostrando que somos a maioria enquanto classe trabalhadora e que sim, estamos dispostos a reivindicar pelos nossos direitos.