Você gosta de política? Já parou para pensar o quão responsável você é pelo o que acontece no seu país?
Aline Fernandes
Head de Recursos Humanos | Gestão | Consultora | Mentora | Treinamento e Desenvolvimento | DHO
É fato que a corrupção institucionalizada e a descrença política dos cidadãos ocasionou uma transição da consciência coletiva em prol da individual, já que as pessoas disassociaram sua participação em relação aos problemas da sociedade.
Não entendem que o envolvimento na política é importante para pressionar os eleitos no Legislativo por meio da elaboração de políticas públicas que atendam ao interesse público, coletivo, e não de uma minoria.
Em condescendência à apatia da sociedade, verifica-se uma forte cultura patrimonialista nos governos e o enraizamento de uma corrupção sistêmica, o que ocasiona os muitos problemas sociais do Brasil, como a deficiência dos sistemas de saúde e da educação, por exemplo.
Tudo bem, somos uma democracia relativamente jovem, mas é duro constatar que os cidadãos, por vezes alienados, infelizmente, não enxergam seu papel e muitos usam seu voto como moeda de troca para garantir interesses pessoais, tratando-o como produto de barganha.
Bertold Brecht discorreu que o analfabeto político é o pior de todos porque desconhece que o valor de tudo o que está a sua volta provém de decisões políticas, sendo que sua "ignorância" faz nascer a prostituta, o menor abandonado, os excluídos sociais. Pura verdade. É só navegar nos sites da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para entender que tudo, exatamente, tudo é legislado lá. Quem já?
Assim, o apelo humilde que faço para o ano de 2018, é o de que as pessoas possam internalizar que a política não é monopólio exclusivo dos detentores de mandato, mas um conjunto da sociedade. Trata-se de responsabilidade social. Nada vai mudar se continuarmos tendo as mesmas atitudes como povo, cidadãos, seres humanos, etc, etc, etc.
O resgate da consciência cívica é imprescindível, e no meu entender o pontapé da transformação seria haver no sistema educacional incentivo à cidadania. As crianças e os jovens do nosso Brasil brasileiro podem mudar a condição do país do jeitinho.