Mulher: a força da vida e do sucesso.
E neste dia tão especial daquelas que movem montanhas e constantemente superam barreiras, realizamos esta singela homenagem às Mulheres. Elas exercem funções essenciais para a humanidade e nem sempre recebem o crédito que merecem. Comecemos então pelas mães, que nos carregam no ventre por meses e durante este período continuam a realizar as suas atividades fora e dentro do lar, em diversas áreas de atuação, gerenciando negócios, empreendimentos, administrando os insumos do lar e processando-os. Que falar ainda das mães solteiras, que precisam trabalhar o dobro e enfrentar preconceitos para sobreviver. Que falar das empresárias que muitas vezes precisam vencer os paradigmas de uma sociedade patriarcal e provarem o seu valor, quando, na verdade, deveria ser justamente o oposto, os homens é que deveriam ter que provar às mulheres que são dignos da sua companhia e do seu trabalho. Mulher, mãe, doméstica, empresária, profissional, que assume múltiplas tarefas, múltiplos desafios e vencem a maioria deles com muito suor, dor, amor e afeto. Mulher: símbolo de força e flexibilidade, persistência e resignação, provedora e administradora, suave e rígida, que disciplina e acalenta. Reconheço, ainda, as almas femininas que habitam corpos físicos do gênero masculino, que se sentem mulheres e muito embora não possam gerar uma vida, educam e criam várias crianças em nosso mundo atualmente superpopuloso, onde há muitos órfãos e órfãs. A essência da alma feminina é a força com delicadeza que faz mover montanhas e ajudar a humanidade. Neste sentido, são rainhas criadas por Deus que semeiam a vida e exercem o mais alto grau de caridade. Infelizmente, contudo, muitas delas carecem entender o seu verdadeiro valor para além das aparências físicas e precisam superar paradigmas e preconceitos, internos e externos. Ainda há muitas delas que são vítimas rotineiramente de todo tipo de violência e assédio, dentro e fora de lares, empresas, corporações, etc. Neste cenário, a ética é uma ferramenta útil para mudarmos, sem violência, esses tristes acontecimentos. Será preciso que a humanidade faça uma verdadeira viagem interior questionando suas bases e convicções. E uma resposta vejo que é coluna dorsal para isso: a não-violência, independente do pensamento e da convicção do outro. Só a não-violência pode resolver efetivamente problemas. A violência é a forma mais rápida de se tentar resolver, mas na verdade perpetua o problema e gera ressentimentos, revoltas e geralmente, mais violência. O método mais rápido de se fazer justiça um dia foi chamado de guilhotina. O tribunal mais divino na Terra um dia se chamou Santa Inquisição. E quem não nos garante agora que nossas convicções deste momento não estão também equivocadas? Só porque algo foi uma tradição no passado não significa que ela seja correta hoje. Todavia, é necessário utilizar a força do espírito, da perseverança e inteligência, sem violência, e, não, o espírito da força. É necessário refletirmos sobre erros do passado para não os repetirmos hoje. Afinal, o tradicional é também ser moderno. Não estou dizendo que isso seja fácil ou simples resolver, porém, mudar exige coragem, ainda mais sem o uso da violência, pois, se mudanças não fossem boas, nós ainda estaríamos na idade da pedra, dentro de cavernas, imaginando o que seriam aquelas sombras que se figuravam dentro dela. Conta-se que, certa vez, um soldado britânico, ao agredir Gandhi que caiu e levantou por três vezes sem retrucar a agressão com mais violência, o soldado lhe perguntou: “quem te ensinou a ser esse covarde?”. Então, Gandhi respondeu: “esse homem que você carrega em seu crucifixo.” Portanto, não confundamos as coisas, coragem não exige violência. Muito pelo contrário. Uma revolução não precisa ser violenta. A revolução, como a cultura da ética nas empresas e nos negócios, começa em nossas atitudes rotineiras, melhorando-nos enquanto pessoas, pensando nas externalidades do negócio, na forma de atingir as metas, na honestidade e transparência do destino das verbas monetárias, em suma, é retirando as traves de nossos olhos em vez do cisco que está no olho do outro(a) que faremos uma verdadeira revolução e mudança de paradigmas culturais. Enfim, acredito que gradualmente a marcha evolutiva terrestre nos trará as respostas. Só espero que a custa de menos sangue do que já foi no passado. E como já cantaram os Beatles certa vez: “you say you want a revolution, (...) But when you talk about destruction; Don't you know that you can count me out (...)”. A ética da não violência já conquistou inúmeros direitos e reconhecimentos sócio-políticos ao longo dos séculos. Isso porque, viabiliza um real diálogo e respeito mínimo entre as partes envolvidas. Por fim, deixo aqui uma singela homenagem para as Mulheres dos tempos de hoje que apesar de colherem os frutos de muitas conquistas antepassadas, possuem grandes desafios pela frente. Não percam as esperanças. As sementes plantadas ontem e cultivadas hoje, proverão uma colheita próspera amanhã.