Mulher Guerreira

Até quando vamos normalizar e mascarar esse termo que apenas é um nome bonito pra SOBRECARGA?

Ter o corpo perfeito, estar sempre maquiada, ser altamente produtiva no trabalho, cuidar da casa, dos filhos, ser sempre simpática, ter que se preocupar com tudo e com todos é o diário da cobrança exautisva da sociedade em relação a mulher.

É cultural!

Está enraizado em nossas raízes e isso traz diversas consequências que não tratam apenas da desigualdade salarial, mas também consequências mentais que envolvem burnout, distorção de imagem do corpo, falta de confiança e tantos outros.

Não falo isso como especialista em saúde, falo como profissional de marketing, mulher e comunicadora.

Somos criadas como “máquinas” para serem perfeitas e eficientes em tudo.

E quando essa máquina falha?

Vem a culpa, a sensação de incapacidade e o pensamento de que não é suficiente.

Mas calma, você não precisa confiar na minha opinião, afinal ela é só minha opinião. Pra embasar meus argumentos trago pra ti agora pesquisas.

A pesquisa da ONG Think Olga mostra que 55% das mulheres se sentem ansiosas, 49% estressadas, 39% irritadas, 28% exautas e 28% com baixa autoestima. Além disso, 45% já teve diagnóstico de ansiedade, depressão ou outro transtorno mental.

Falamos sobre o setembro amarelo ou o janeiro branco mas quando realmente vamos implantar na sociedade e nas empresas ações de igualdade e de saúde mental que perdurem não somente durante uma data? mas sim durante todo o ano, durante toda a carreira?

Entendam que não há futuro promissor se no presente cada vez mais nós estamos adoecendo...

Essa é uma pauta de toda a sociedade, não é uma pauta só feminina!

Estamos assumindo mais cargos importantes, estamos sim conquistando nosso espaço no mercado de trabalho, mas não podemos negar que precisamos lutar cada vez mais em gerar nosso valor por sermos mulheres em espaços corporativos, que precisamos lutar pela equidade salarial, que precisamos não somente assumir um cargo importante mas também ter as mesmas responsabilidades na casa e com os filhos gerando a sobrecarga.

Que essa reflexão atinja todas as pessoas, independente de gênero e classe social.