Mulheres em Conselhos x Dicas de Como se Peparar para Ser Conselheira
Estava lendo um artigo da Mônica Pires da Silva na Revista Coaching Brasil sobre: A baixa participação de mulheres em conselhos de administração, que é um desafio a ser superado, e resolvi trazer este tema para nossa refleção, tomando a liberdade de trazer dados e os pontos mais relevantes colocados, até por que eu compartilho com esta mesma visão.
No Brasil, segundo uma pesquisa do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa apenas 15% dos membros de conselhos de administração das empresas de capital aberto são mulheres. Esse número é ainda menor nas empresas familiares, onde apenas 5% dos membros são mulheres. Sinceramente achava que era maior do que isto. Uma supresa. Até por que conheço algumas....
Outro numero alinhado com o de cima foi da consultoria Korn Ferry , que mostrou que a participação feminina nos conselhos de administração e alta liderança de empresas tem crescido nos últimos anos, ainda que de forma lenta. Para ter uma idéia emem 2014 era de apenas 7%, sendo que 2020 elas estavam presentes em 13% dos conselhos, número que passou para 16% em 2021
Existem vários fatores que contribuem para a baixa participação de mulheres em conselhos de administração, como a falta de oportunidades, fazendo que as mulheres fiquem ainda sub-representadas em cargos de liderança nas empresas, o que dificulta sua entrada em conselhos de administração.
Outro fator que merece atenção é a falta de incentivo, pois as empresas muitas vezes não incentivam as mulheres a participar de conselhos de administração, e não oferecem condições de trabalho que facilitem a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar.
A baixa participação de mulheres em conselhos de administração tem um impacto negativo na economia, até por que segundo o artigo as empresas com mais mulheres em cargos de liderança têm melhor desempenho financeiro e são mais inovadoras. Além disso, as empresas com mais mulheres em conselhos de administração são mais socialmente responsáveis e engajadas com a comunidade.
Existem várias medidas que podem ser tomadas para aumentar a participação de mulheres em conselhos de administração, como criar programas de mentoria e treinamento para mulheres que desejam participar de conselhos de administração. Outra medida é incentivar as empresas a criar políticas de trabalho mais flexíveis, que facilitem a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar.
A baixa participação de mulheres em conselhos de administração é um desafio a ser superado. No entanto, existem várias medidas que podem ser tomadas para aumentar a participação de mulheres em conselhos de administração. E ela lista agumas algumas dicas para mulheres que desejam participar de conselhos de administração:
No texto ela dá uma série de dicas de como se preparar, que achei bem úteis, inclusive não apenas para mulheres, que tomo mais uma vez a libertdade de compartilhar abaixo.
Recomendados pelo LinkedIn
Pois ser membro de um conselho corporativo é uma responsabilidade importante que requer um conjunto específico de habilidades, conhecimentos e experiências. Portanto, a preparação para essa função envolve o desenvolvimento e aprimoramento desses aspectos.
Primeiro, é vital manter-se atualizada sobre uma variedade de tópicos e tendências. Isto implica em adotar uma postura de aprendizagem contínua. Participe de cursos, seminários, workshops, webinars, entre outros, pois são ações imprescindíveis para tal objetivo. Isto engloba não apenas a área de especialização, mas também outras frentes de conhecimento, como gestão de riscos, ESG, cultura organizacional, economia, geopolítica, atracão e retenção de talentos, discussões sobre o futuro da mão de obra e, especialmente, tecnologia, em especial em conhecimentos em inteligência artificial, cloud computing, big data, cibersegurança e transformação digital.
Em segundo lugar, é importante identificar o tipo de conselho que mais lhe atrai. A escolha do tipo de conselho pode variar entre conselhos consultivos, administrativos, fiscais, de empresas familiares, de empresas de capital aberto ou fechado, entre outros. Além disso, há a opção de participar como membro de comitês, como Governance Officer ou como mentora/conselheira de startups/scale-ups. Tudo isso deve ser definido com base nas próprias preferências, interesses e, principalmente, na identificação com o propósito, valores e práticas da empresa.
Terceiro, é importante avaliar o tempo disponível. A participação em um conselho não se resume apenas às reuniões. Inclui também o tempo de preparação, o tempo para a locomoção e, em alguns casos, o tempo para viagens. Se ainda estiver em uma função executiva, será necessário equilibrar essas demandas com suas responsabilidades executivas.
Quarto, é importante considerar o momento adequado para iniciar essa carreira. Alguns optam por ingressar no conselho após o término de sua carreira executiva, enquanto outros preferem fazer as duas coisas em paralelo, como fiz pessoalmente por alguns anos. Seja qual for a opção, é necessário avaliar as políticas e flexibilidade da empresa em que trabalha, além de ter a habilidade de organizar e administrar bem o tempo.
Quinto, é essencial lembrar que a função de conselheira é diferente da função executiva. As responsabilidades, tarefas e papéis não são os mesmos, e confundi-los pode levar a problemas. Portanto, mesmo que esteja atuando em uma empresa menor, é importante manter essa distinção.
Sexto, construir e manter uma rede de contatos profissionais sólida é fundamental. Isso inclui participação em eventos, cursos e outras atividades de networking. Além disso, o apoio e a orientação de um mentor experiente podem ser inestimáveis.
Por último, a afiliação a instituições de governança corporativa e a obtenção de certificações específicas são ações que podem ser benéficas. Pessoalmente escolhi o IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa , aonde participo de algumas comissões, dos congressos, e dos grupos de debates e cursos, o que pode ser muito útil para se preparar para os desafios da governança. Além disso, mesmo que a certificação não seja um pré-requisito para a participação em um conselho, ela é cada vez mais valorizada no mercado.
Para quem se interessou pelo tema, fica a dica do link abaixo do artigo original que li e gostei bastante, tanto que me inspirou trazer o tema e principais pontos aqui para seu conhecimento:
Diretora de Governança, Risco e Compliance - Chief Risk Officer - CRO - Cooperativista
1 aMais um ótimo material, estou aqui correndo para me atualizar com tanto conteúdo rico por aqui