Mulheres em trabalhos "tradicionalmente" masculinos
Ser mulher no mercado de trabalho é um desafio que diariamente envolve falta de equidade salarial e desigualdade de oportunidades. Sem contar as jornadas duplas que as mulheres enfrentam ao cuidar da casa e da família.
De modo geral, as mulheres são preferidas em cargos de liderança segundo a 3ºediçãoa do estudo "Panorama mulher 2019", onde mostra que entre 532 empresas analisadas com sede no Brasil, América do Norte e Europa, mulheres ocupam 19% dos cargos de liderança no Brasil e presidência são 13%.
Muitas profissões consideradas perigosas eram exercidas apenas por homens antigamente. Entre elas, bombeiro, operador de empilhadeira, policiais. Hoje em dia acrescentamos pilotos de avião, repórter esportivo, eletricista, carpinteiro, mecânico, construção civil, TI, engenheiros, barbearia, tatuadores...
A revista Panorama mulher aponta que em níveis de diretoria, as mulheres ocupam 23% em Recursos Humanos, 14% somando marketing e financeiro, 11% em jurídico, vendas e operações cada uma.
Machismo ainda é obstáculo
A qualificação pode abrir as portas de mercados antes frequentados só por homens, mas ainda é preciso lutar por reconhecimento e direitos para as mulheres nesses espaços. Muitas acabam tendo que abandonar suas carreiras porque o ambiente não é pensado para incluí-las, especialmente depois que optam por ter filhos.
As mulheres ainda são minoria no mercado de trabalho brasileiro: mesmo representando 52,3% da população em idade ativa, apenas 43,3% integram esse espaço. Menos mulheres trabalhando reflete falhas nas políticas de inclusão e reforça a cultura machista em que vivemos. Muitos ambientes de trabalho ainda são dominados por homens, tornando o local de difícil acesso para mulheres.
Segundo a OAB (Ordem dos advogados do Brasil), na área de direito há também uma diferença significativa em atuação de homens e mulheres.
Na aeronáutica por exemplo, mulheres eram profissionais raras, mas hoje atuam em praticamente todos os setores, sendo pilotos ou comandantes de organizações militares. Segundo a Força Aérea Brasileira, desde o ano de 2003, a participação das mulheres aumentou em 277%, e elas já equivalem a 14,55% do efetivo atual de militares.
Dicas para evoluir na sua carreira, independente de qual escolha:
Tenha autoconfiança!
As mulheres brasileiras são mais escolarizadas que os homens segundo o IBGE, mulheres com 25 anos ou mais com ensino superior completo é de 23,5%. A de homens é 20,7%.Na taxa de ensino médio são mais bem representadas, sendo 73,5% contra 63,2% dos homens. Ainda assim ganham 21,2% menos que eles!
Mesmo sendo um cenário desanimador, busque conhecimento, estude sem parar. Cada dia sem aprender é um dia perdido. Seu conhecimento é relevante para a empresa. Cada vez mais terá confiança disso.
Valorize seu trabalho!
Não espere ser reconhecida pelos outros! Se valorize antes de tudo.
Destaque suas habilidades e conhecimentos!
Contribua sempre que possível com seu conhecimento. Mostre que é especialista, dispare informações sempre que duvidarem de você. Nunca deixe de aprender.
Faça networking!
Participe de eventos, seja online ou presencial. Converse com as pessoas, faça-se ser reconhecida. Participe de grupos pelas redes sociais (LinkedIn, Facebook...). Contatos também podem ser oportunidades!
Aponte um mansplanning!
Sabe o que é mansplanning? É uma forma machista de explicar qualquer assunto a uma mulher como simplesmente por ser mulher. Como se não tivesse a capacidade de compreensão. Reporte aos seus superiores caso isso ocorra no seu trabalho.